Diretoria do Adufg se reúne com deputado federal Rubens Otoni (PT) para reforçar encaminhamento de pautas dos docentes

Diretores do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) reuniram-se nesta segunda-feira (16/01) com o deputado federal Rubens Otoni (PT) para reforçar importantes pautas dos docentes federais a serem analisadas pelo atual governo federal. Na ocasião, o presidente da entidade, professor Geci Silva, solicitou que as demandas sejam levadas pelo parlamentar ao atual ministro da Educação, Camilo Santana, como forma de retomar o diálogo da categoria com o governo.

“Nos últimos anos, tivemos perdas significativas, em diferentes âmbitos, principalmente relacionadas às condições salariais, de trabalho, previdenciárias e cortes orçamentários. O governo anterior sempre foi inerte à situação e sequer nos recebeu para ouvir nossas demandas. Agora, com o atual governo, esperamos que o diálogo seja retomado e que, de fato, podemos avançar nas negociações”, destacou o professor ao deputado federal.

Ele solicitou empenho do parlamentar em relação ao ofício encaminhado pela Proifes-Federação ao ministro da Educação, reforçando o interesse e a necessidade de reunião entre a entidade e o Ministério. Geci entregou, ainda, um documento elaborado pelo Conselho Deliberativo da Proifes com um conjunto de pautas emergenciais que visam a valorização dos serviços públicos, dos servidores públicos, da ciência e das universidades/institutos públicos federais.

Entre as pautas, está a reposição das perdas salariais acumuladas desde março de 2015. "Os professores federais já acumulam perdas inflacionárias de 40%. Nossa pauta nunca foi recebida pelo último governo. Não podemos aceitar e vamos continuar lutando por nossos direitos nessa atual gestão".

Demandas

A diretora de Assuntos de Aposentadoria e de Pensão do Adufg, professora Ana Christina de Andrade Kratz, também esteve presente na reunião e apontou as grandes perdas que os docentes tiveram após a aprovação da Reforma da Previdência. Ela ressaltou que a Lei 14.463/2022, que alterou a natureza jurídica da FUNPRESP para privada, trouxe graves consequências aos servidores públicos e, por isso, precisa ser melhor debatida.

Além deles, a professora Gláucia Carielo Lima, diretora secretária do Adufg, reforçou a necessidade da retomada de diálogo com o atual governo para que os direitos dos docentes voltem a ser respeitados. “É grande a expectativa dos professores e professoras das universidades federais e institutos federais e, sobretudo, da sociedade em geral”.

Na reunião, o parlamentar mostrou-se solícito e reconheceu a importância das pautas levantadas pelos diretores do Adufg. Como resposta, ele disse que irá se encontrar nos próximos dias com o ministro da Educação e incluirá as demandas. “Compartilhamos das mesmas preocupações e sempre estivemos na luta. Não podemos nos iludir que vamos recuperar todos os direitos afetados de forma rápida, mas só de termos as portas abertas é um grande passo. Parabenizo a entidade pela iniciativa e podem contar comigo”.