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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 25/09/2020 - Notícias
Reunião entre membros do Adufg e da UFG discute questões relacionadas ao ensino remoto
Encontro digital realizado na manhã desta quinta-feira (24/09) teve como objetivo responder ofício enviado pelo sindicato no mês de agosto
Em resposta aos ofícios enviados pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) solicitando empenho dos gestores das três universidades federais localizadas no Estado para o cumprimento dos direitos trabalhistas dos professores durante o período de aulas remotas, a Reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG) promoveu na manhã desta quinta-feira (24/09) reunião entre os representantes das Pró-Reitorias da instituição de ensino e diretores do sindicato. Realizado de forma virtual, o encontro teve como objetivo debater as questões levantadas pelo Adufg em dois documentos enviados no mês de agosto aos dirigentes das instituições, como, por exemplo a situação das professoras com cargas maximizados em função da dupla jornada; realização da aula remota em outra localidade; além de outros fatores como a disponibilização de condições ideais de trabalho para os docentes.
Durante a reunião, os responsáveis por cada área das Pró-Reitorias da UFG esclareceram questões do ensino remoto. Sobre a dupla jornada de trabalho da mulher e a consequentemente o aumento da carga horária, o pró-Reitor de Gestão de Pessoas, Everton Wirbitzki da Silveira, avaliou que “a universidade não pode entrar em questões pessoais do servidor”. Justificativa criticada pelo assessor jurídico do Adufg-Sindicato, Elias Menta, que ponderou que “o que se espera da instituição de ensino é uma compreensão com relação a situação da mulher”.
Outra discussão levantada durante a última reunião dos membros do Conselho de Representantes do Sindicato, que ocorreu no dia 18 de agosto foi a localidade do professor durante o período de aulas remotas: é necessário que o professor esteja na cidade sede da instituição para a realização da aula, mesmo que de forma online? Sobre o assunto, e Eriberton Francisco Bevilaqua Marin, da assessoria jurídica da Reitoria da UFG, explicou que a instituição não enxerga problemas de que o professor esteja em outra cidade ou Estado, desde que suas atividades sejam realizadas de forma satisfatória. Apesar disso, Bevilaqua comentou que, em território internacional, é necessária uma autorização especial da universidade, uma vez que, de acordo com a Procuradoria Federal, a ausência do docente pode ser considerada como abandono de cargo ou mesmo gerar processo disciplinar ao servidor.
Nesse ponto, o advogado Igor Escher, da assessoria jurídica do Adufg, destacou que a autorização para se ausentar do País não é necessária somente quando o servidor se afasta para estudo ou missão, nos termos do art. 95 da Lei nº 8.112/90. Dessa forma, se o docente mantenha suas atividades remotas normalmente e não esteja vinculado a outra instituição de ensino, pode exercer suas atividades em outro País, sem a necessidade de autorização ou permissão da UFG, uma vez que o abandono de cargo ocorre as atividades não são realizadas por mais de 30 dias consecutivos.
Edward Madureira Brasil, reitor da UFG e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), observou que o ensino remoto emergencial não deve ser uma realidade que se prolongará. Ele comentou que há uma pressão para que o retorno das atividades presenciais seja realizado a partir do início do próximo ano. “Já temos uma portaria minutada que devemos publicar logo, em que abordamos sobre um Grupo de Trabalho (GT) que vai cuidar das condições do retorno presencial. Porque não devemos falar sobre quando vamos voltar, mas sim como vamos fazer isso. Nesse GT tem um representante de cada unidade, inclusive do Adufg-Sindicato. A universidade não vai ser virtual, ela sempre será presencial, apesar de termos que conviver com os dois sistemas por um período ainda”, disse.
As ferramentas e plataformas digitais também tiveram espaço na reunião. O responsável pela área de Tecnologia da Informação da Secretaria de Tecnologia e Informação (Seti/UFG), Leandro Luis Galdino de Oliveira, explicou as circunstâncias da escolha do Moodle Ipê e SIGAA, além de ferramentas do G Suite, plataforma do Google Institucional, para a transmissão das aulas, citando a portaria publicada pelo órgão.
Além do debate virtual, a Reitoria da UFG deverá encaminhar ofício-resposta ao Adufg-Sindicato esclarecendo todos os pontos levantados pelos professores. Contudo, o presidente da entidade, professor Flávio Alves da Silva, destacou a importância da reunião. “Há um esforço para resolver todas as situações. Estamos Acredito que, se antes o ensino remoto era um bicho de sete cabeças, agora ele tem apenas uma. Ao recebermos toda a documentação da Reitoria da universidade, nós divulgaremos todas essas as informações aos professores”, declarou.