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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 20/08/2021 - Notícias

Ciclo de Debates Adufg aborda a importância da heteroidentificação para a inclusão étnico-racial nas universidades

Em live do Adufg, embros da Comissão de Heteroidentificação da UFG falam sobre o trabalho na instituição

Ciclo de Debates Adufg aborda a importância da heteroidentificação para a inclusão étnico-racial nas universidades

“A heteroidentificação é um processo fundamental nas universidades públicas quando se fala em inclusão. Por meio dela, é validada a autodeclaração dos candidatos que concorrem às vagas reservadas para negros(as) - pretos(as) e pardos(as) – e indígenas, impedindo fraudes”, afirmou a técnica administrativa na Coordenação de Inclusão e Permanência e membro da Comissão de Heteroidentificação da Universidade Federal de Goiás (UFG), nesta quinta-feira (19/08), durante o Ciclo de Debates Adufg.  

Além dela, participou Pedro Rodrigues Cruz, que é cientista social e presidente da Comissão de Heteroidentificação da instituição. Ele explicou que o termo passou a ser usado recentemente e, por isso, é desconhecido por muitas pessoas. A heteroidentificação apareceu a partir dos julgados do Supremo Tribunal Federal (STF), quando as cotas foram questionadas em uma ação protocolada contra a Universidade de Brasília, a primeira universidade federal a lidar com cotas raciais no Brasil.

“No julgamento, o STF considerou algumas questões importantes, entre elas a legalidade das cotas e a legitimidade da Comissão de Heteroidentificação como instrumento complementar à autodeclaração. Assim, foi reconhecido que é preciso haver um organismo para validar a habilitação dos candidatos, surgindo, assim, as comissões”, explicou Pedro Rodrigues Cruz.

Desafios

Entre os desafios da Comissão de Heteroidentificação da UFG, Liliene Rabelo dos Santos destaca que um deles é a adesão pelos servidores da instituição. “Além disso, é fundamental que as capacitações alinhem a visão da comissão para que o trabalho seja coerente”, afirmou.

O diretor administrativo do Adufg-Sindicato, professor João Batista de Deus, fez a mediação do debate e também enfatizou a importância deste trabalho dentro das universidades federais. “Gostaria de parabenizá-los por fazerem parte de um processo tão necessário dentro das universidades públicas. É algo fundamental para que haja o cumprimento da Lei 12.711/2012, a chamada Lei de Cotas, de maneira íntegra”, analisou.