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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 13/08/2020 - Jornal do Professor

JP Online: Corte no orçamento das universidades federais pode comprometer assistência estudantil

O corte de 18,2% no orçamento das universidades pode comprometer, entre outros serviços, as bolsas de assistência estudantil. O alerta foi feito pelo presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), professor Edward Madureira Brasil. “O impacto nesse tipo de assistência é muito grande e 25% dos nossos alunos estão em absoluta fragilidade econômica, tendo renda familiar inferior a um salário mínimo”, afirma.

De acordo com o presidente, a proposta do Projeto de Lei Orçamentária Anual não é de bloqueio, como ocorreu no ano passado. “É uma redução permanente. Se isso for aprovado, já começaremos o próximo ano com um orçamento menor”, diz. Segundo ele, o corte também pode resultar na suspensão de outros serviços básicos, como água, segurança, limpeza e energia elétrica, por exemplo.  

Na UFG, a estimativa é que o corte seja de R$ 16,5 milhões. As outras duas instituições goianas – Universidade Federal de Jataí e Universidade Federal de Catalão -, podem perder R$ 2,7 milhões e R$ 2,4 milhões respectivamente. “É impossível fazer com que as universidades absorvam o corte. Trabalhamos com diversos fornecedores e, em alguns casos, já temos atrasos de pagamento, o que pode fazer com que o fornecimento de serviços sejam interrompidos”, destaca.

Edward também explica que, por causa das medidas de prevenção ao coronavírus (Covid-19), as universidades já terão ainda mais despesas em 2021. “Desde o início da pandemia, as universidades se inseriram de maneira efetiva para amenizar os impactos da doença. Não paramos um único dia no desenvolvimento de atividades de enfrentamento ao vírus”, ressalta.

Para o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professor Flávio Alves da Silva, a proposta do Ministério da Economia e confirmada pelo Ministério da Educação (MEC) é mais um ataque do Governo Federal contra a comunidade acadêmica. “Com esse corte, as universidades não conseguirão cumprir suas finalidades de ensino, pesquisa e extensão. Não vamos deixar que isso aconteça. Vamos iniciar uma grande mobilização para que esse corte não seja efetivado”, garante.