Notícias

Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 06/10/2020 - Jornal do Professor

(JP Online): Secretaria Estadual de Saúde quer retomar aulas presenciais em Goiás em novembro, mas proposta divide opiniões

(JP Online): Secretaria Estadual de Saúde quer retomar aulas presenciais em Goiás em novembro, mas proposta divide opiniões

A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) avalia retomar as aulas presenciais a partir de novembro. A informação foi confirmada pelo titular da pasta, Ismael Alexandrino, conforme reportagens publicadas pelo jornal O Popular e o portal A Redação. A proposta, no entanto, divide opiniões, uma vez que ainda não há vacina específica contra o novo coronavírus (Covid-19).

A ideia, conforme divulgado, é retomar caso os índices estabelecidos pelo Centro de Operações de Emergência (COE), como a ocupação das UTIs abaixo de 75%, estejam em baixa ao longo de quatro semanas. O Fórum Estadual de Educação de Goiás divulgou, antes mesmo do anúncio do secretário de Saúde, manifesto contra o retorno das aulas presenciais. No texto, o órgão reconheceu os esforços de todos os gestores e profissionais, mas argumenta que ainda não existem condições para garantir a segurança da comunidade escolar.

Para a professora Miriam Fábia Alves, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (FE-UFG), o planejamento do retorno deve contar com a participação das autoridades de saúde pública e de órgãos de pesquisa que acompanham a pandemia no Brasil. “Há um conjunto de indicadores que devem ser observados e me parece que, em Goiás, ainda não temos condições de fazer isso. Não é uma decisão simples, uma vez que é algo que mexe com a vida de todos os envolvidos. Portanto, não é possível fazer isso de forma unilateral”, alerta.

A educadora cita como exemplo que, entre as condições impostas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a retomada de atividades, estão a ampla testagem da população, isolamento e acompanhamento de infectados. "Se não temos as condições efetivas, devemos considerar que ainda é cedo para o retorno”, destaca.

O professor Yves Mauro Fernandes Ternes, do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), faz parte do COE e afirma que a proposta ainda é avaliada com base em diversos fatores. Ele ressalta, ainda, que qualquer retomada não deve ser feita na “canetada”. Segundo ele, o COE está consultando a comunidade escolar.