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Bancada feminina cresce 18%, mas ainda corresponde a menos de um quinto da Câmara
O número de mulheres eleitas para ocupar cadeiras na Câmara dos Deputados cresceu 18% nas eleições deste domingo, em que foi definida a composição dos 513 deputados federais para os próximos quatro anos. Apesar do aumento de 77 para 91 parlamentares mulheres, o maior número da História, elas ainda representam 17,7% do parlamento federal, segundo levantamento feito pelo +Representatividade, em parceria com o Instituto Update.
O dado não leva em conta o estado do Amazonas, que ainda não totalizou a votação de todas as urnas. Mas projeções indicam que a unidade da federação não deve eleger mulheres para a Câmara. Outros três estados não elegeram mulheres: Tocantins, Amazonas e Paraíba.
O crescimento da representatividade feminina na Câmara dos Deputados não acompanhou, proporcionalmente, a participação das mulheres entre as candidaturas a deputado federal — neste ano, elas foram 34,9% dos postulantes à Câmara, com 3.718 elegíveis. Por outro lado, foram eleitas duas deputadas federais trans — Erika Hilton (PSOL-SP), a vereadora mais votada para a Câmara Municipal de São Paulo, em 2020; e Duda Salabert (PDT-MG), que também foi a vereadora eleita com o maior número de votos em sua cidade, Belo Horizonte.
Entre os estados que tiveram os maiores índices de representatividade feminina na Casa legislativa, ante o total de cadeiras a serem preenchidas, estão o Acre e o Amapá, que elegeram 3 mulheres entre 8 vagas (37,5%) cada, Goiás, em que 6 dos 17 parlamentares eleitos são mulheres (35,3%), Santa Catarina, em que mulheres serão 5 entre os 16 eleitos (31,3%), e o Pará, em que representarão 5 das 17 cadeiras disponíveis (29,4%).