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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 05/10/2022 - Notícias

Em reunião, diretoria do Adufg reivindica melhores condições de trabalho à Reitoria da UFG

Foram tratados, entre outros assuntos, problemas com o adicional de insalubridade e o adoecimento de docentes no período pós-pandemia

Em reunião, diretoria do Adufg reivindica melhores condições de trabalho à Reitoria da UFG

Diretores do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) estiveram reunidos nesta quarta-feira (04/10), com a reitora da UFG, professora Angelita de Lima. Um dos principais objetivos foi discutir ações para melhorar as condições de trabalho da categoria dentro da instituição. Na ocasião foi entregue uma carta com questões relacionadas aos problemas com o pagamento do adicional de insalubridade.

O documento, que está disponível ao final do texto, foi elaborado após reunião promovida pelo Adufg e o Sint-Ifesgo no dia 20 de setembro com diretores de unidades acadêmicas da UFG, que têm servidores e servidoras em atividades de exposição a agentes nocivos à saúde. “É uma demanda urgente, que tem causado insatisfação e indignação aos servidores. Assim, propomos na carta entregue a criação de um GT do Conselho Universitário (Consuni/UFG) com diretores e entidades para a construção de uma resolução de modo a deixar transparentes os processos avaliativos relativos a insalubridade/periculosidade”, afirmou o presidente do Adufg, professor Geci Silva.

O dirigente do sindicato também demonstrou preocupação com as questões relacionadas à saúde mental dos professores e das professoras após a pandemia da Covid-19. “Durante a pandemia, a UFG, por certo período, acompanhou os servidores com exames positivos para Covid e gostaríamos que esse apoio também fosse estendido no momento atual. Temos muitos profissionais doentes e isso nos preocupa. O sindicato está à disposição para ajudar neste processo, uma vez que nosso maior objetivo é defender a categoria e garantir melhores condições de trabalho”, assegurou.

Ainda sobre o adoecimento da categoria, Geci criticou a falta de suporte por parte da instituição. “A UFG precisa oferecer suporte neste sentido porque o número de colegas com depressão e outros problemas de saúde tem aumentado bastante e a universidade não tem acompanhado. Entendemos que a instituição precisa assumir esse papel de forma imediata".

Geci ressaltou, ainda, atuação da categoria no momento mais crítico da pandemia. “Todos nós, professores e professoras, fomos fundamentais na implantação do ensino remoto emergencial. Nos empenhamos bastante e investimos em equipamentos para que a universidade não ficasse parada. A UFG precisa reconhecer os esforços dos professores e professoras e agradecê-los pelo compromisso e trabalho feito”.

A 1ª vice-presidenta do Adufg-Sindicato, professora Luciene Dias, também reforçou a urgência da pauta relacionada à saúde da categoria. “É preciso dar a devida atenção ao assunto e acompanhá-lo de perto. Não somente no diagnóstico, mas também na prevenção. Infelizmente, na atual situação, não temos sido ouvidos e enxergamos como necessário que sejam abertos espaços de acolhimento para evitar o adoecimento de professoras e professores”.

Propostas

O diretor administrativo do Adufg, professor Flávio Silva, também esteve presente e apresentou uma proposta: criar um espaço específico para os servidores da UFG no Hospital das Clínicas (HC) para melhorar a assistência dada a eles. Ele citou como exemplo a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que adotou tal medida, incorporando no DAS/PROPESSOAS/UFRN assistência à saúde (saiba mais aqui). Ele sugeriu, ainda, a criação de uma comissão para analisar os modelos já existentes e, então, implementar o que for mais viável para a instituição.

Além disso, Flávio enfatizou a gravidade dos problemas enfrentados com o pagamento dos adicionais. “Já estamos há mais de cinco anos sem receber qualquer tipo de reajuste salarial. Os cortes de forma arbitrária dos adicionais de insalubridade/periculosidade e a falta de agilidade nas avaliações trazem transtornos e aumentam a insatisfação dos servidores. Precisamos de soluções efetivas nesse sentido”.

A diretora de Assuntos Educacionais e de Carreira, professora Maria José Pereira de Oliveira Dias, falou sobre problemas enfrentados por docentes do Departamento de Educação Infantil do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (DEI/CEPAE/UFG). “A educação básica precisa de mais visibilidade por parte da UFG. Representamos uma etapa da educação, mas não recebemos a devida atenção. Também enfrentamos muitos problemas e precisamos de respostas”.  Maria José também pontuou que, assim como em outras unidades da UFG, o CEPAE também conta com muitos casos de adoecimento – físico e mental -, além de problemas com a carga horária que, segundo ela, muitas vezes excede o que é determinado pela lei.

Sobre o pagamento dos adicionais de insalubridade, a reitora garantiu que os pontos destacados pela carta entregue estão em consonância com o trabalho que a UFG tem realizado. Ela também destacou a importância do diálogo entre o sindicato e a instituição de ensino. “Temos problemas e objetivos em comum. Com certeza, trabalhando juntos, ficaremos mais próximos das soluções e alcançaremos os resultados esperados”, disse.

Pelo Adufg, também participaram da reunião a diretora de Assuntos Interinstitucionais, professora Geovana Reis; o diretor financeiro, professor Romualdo Pessoa; a diretora de Assuntos de Aposentadoria e de Pensão, Ana Christina Kraz; e a diretora secretária, professora Gláucia Carielo Lima.

Clique aqui e confira a íntegra da carta de reivindicações.