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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 17/08/2023 - Notícias
Marcha das Margaridas reúne mais de 100 mil mulheres em Brasília
Diversos compromissos em defesa da mulher do campo foram firmados pelo presidente Lula durante o encerramento da manifestação; Diretoria do Adufg-Sindicato marcou presença no evento

Mais de 100 mil mulheres trabalhadoras do campo estiveram reunidas, nesta semana, em Brasília, durante a 7° Marcha das Margaridas. No encerramento do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma série de medidas com foco nas mulheres do campo.
A diretora de Assuntos Educacionais e de Carreira do Adufg-Sindicato, professora Maria José Pereira, representou a entidade na manifestação. “Foi um evento marcante para a retomada democrática do nosso país”, explica.. A diretora também destaca as pautas voltadas para erradicação da fome, da crise ambiental, da violência contra as mulheres, diminuição das desigualdades sociais.
Na ocasião, ao lado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o presidente assinou uma série de medidas que colocam a mulher rural em foco. Entre os compromissos anunciados durante o evento estão: a retomada do Fórum Nacional de Políticas para as Mulheres Agricultoras do Campo, da Floresta e das Águas, o lançamento do programa emergencial de Reforma Agrária e a Instituição do Pacto Nacional de prevenção aos feminicídios.
Foram dezenas de medidas anunciadas com base na sustentabilidade, no combate às desigualdades sociais e de gênero, e também com foco na melhora da qualidade de vida no campo. Na ocasião, o presidente Lula disse que “os poderosos, os fascistas, os golpistas podem matar uma, duas ou três margaridas, mas jamais resistirão à chegada da primavera”.
Veja a lista completa de compromissos firmados pelo governo durante a marcha, clicando aqui.
Sobre a Marcha
A Marcha das Margaridas é uma manifestação política de mulheres trabalhadoras do campo, da cidade e das florestas que reúne multidões em Brasília a cada quatro anos. O evento teve início em 2000 e seu nome é uma homenagem a Margarida Alves, uma das primeiras líderes sindicais do país, que foi assassinada em 1983 a mando de fazendeiros da região de Alagoa Grande.
Durante sua atuação como sindicalista, Margarida foi responsável por mais de 100 ações na Justiça do Trabalho local e seu objetivo era defender os direitos dos trabalhadores rurais. Entre as principais pautas defendidas pela líder sindical estavam: a contratação com carteira assinada, o pagamento do décimo terceiro salário, o direito dos trabalhadores de cultivar suas terras, a educação para seus filhos e filhas e o fim do trabalho infantil no corte de cana.
Hoje, a cada quatro anos, mulheres de todos os cantos do país se reúnem para fazer crescer a luta que nasceu com a semente de Margarida.Trabalhadoras urbanas, rurais, jovens, negras, lésbicas, trans, indígenas, quilombolas, assentadas, caiçaras, sertanejas, raizeiras, benzedeiras, pescadoras, entre tantas outras defendem as causas da mulher brasileira.