Adufg-sindicato recebe lançamento do livro “Pindoba - Não existe ciência livre com corpos presos”

O Adufg-Sindicato recebeu, na última semana, o lançamento do livro “Pindoba - Não existe ciência livre com corpos presos”. A obra é fruto dos trabalhos do grupo de pesquisa em narrativas da diferença da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Em suas mais de 150 páginas, a obra traz mais de dez textos pensados e realizados por mais de quinze autores. As lutas de mulheres e homens negros, de homossexuais e dos povos tradicionais são contadas com a sensibilidade de quem vive, mas sempre seguindo o rigor acadêmico exigido pelo gênero. Entre os títulos estão: “Afetividades para bichas pretas”, “Exu e as encruzilhadas entre comunicação, cultura e educação” e “Das capas de disco à memória cultural antirracista”.

Durante o lançamento da obra, a 1ª vice-presidenta do Adufg-Sindicato, professora Luciene Dias – uma das organizadoras do livro -, contou um pouco da história que inspirou o nome do livro e do grupo de pesquisa. Em um trabalho de campo, no interior do Tocantins, o termo ‘pindoba’ surgiu da experiência de mulheres que trabalhavam com a palmeira de babaçu: os grandes produtores queimavam as árvores aos montes, e das cinzas pequenos brotos surgiam. “Pindorama é o espetáculo das palmeiras, e pindoba são essas palmeirinhas jovens garantindo vida”, resumiu.

No lançamento, também realizaram falas os autores: Evaldo Gonçalves Silva, Zanza Gomes, Lucas Tavares, Madalena Sacramento e João Lúcio Mariano Cruz.