Vacina contra dengue: demanda da rede pública esgota a capacidade de produção de laboratórios

O Adufg-Sindicato entrou em contato com laboratórios conveniados solicitando melhores condições para a compra de unidades da vacina contra a dengue para os filiados e seus dependentes. As farmacêuticas contatadas informaram que a capacidade produtiva está quase completamente voltada para atender a demanda vinda do Ministério da Saúde. As doses disponíveis a nível particular são para garantir a segunda aplicação daqueles que já receberam a primeira dose do imunizante.

Em nota, o laboratório informou que o Ministério da Saúde solicitou a compra da vacina para municípios em todo o Brasil, a fim de garantir a aplicação do imunizante no Sistema Único de Saúde (SUS) através do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“Essa decisão tem como objetivo apoiar o Ministério da Saúde no seu propósito de promover o acesso da vacina contra a dengue de forma integral e gratuita para a população brasileira”, sintetizaram.

Apesar de buscarem alternativas, dentro e fora do Brasil, para aumentar a capacidade produtiva dos laboratórios, a companhia não fornece previsão para retomada do abastecimento da rede privada.

A vacina

O início da imunização pública acontece no momento em que os níveis registrados de internações, casos suspeitos e óbitos cresceram de maneira alarmante em todo o país. A aplicação deve ser feita em duas doses, com intervalo de 3 meses entre elas. Durante as fases de teste, pessoas imunizadas tiveram 90% de redução em internações.

A distribuição da vacina na rede pública teve início na última quinta-feira (8), e tem como público alvo crianças de 10 a 11 anos. Segundo informações da Agência Brasil, os 521 municípios selecionados para receber a primeira leva do imunizante devem iniciar as aplicações ainda na primeira quinzena de março.

A previsão do Ministério da Saúde é de que, ainda em 2024, sejam entregues 6,5 milhões de doses do imunizante para a rede pública a fim de atender a faixa etária dos 10 aos 14 anos, público com internações mais frequentes quando infectados pela doença.