Contra o assédio nas universidades, Adufg lança campanha informativa e cria canal para denúncias

O Adufg-Sindicato deu um importante passo na noite desta terça-feira (20/03), para garantir um ambiente acadêmico mais saudável e respeitoso, com o lançamento da campanha "Assédio nunca mais". A iniciativa tem como principal objetivo combater condutas danosos, como o assédio (moral e sexual) e o preconceito contra professores, técnicos administrativos e estudantes das três universidades federais localizadas em Goiás: UFG, da UFJ e da UFCat.

A iniciativa ocorrerá de forma permanente, com a distribuição de materiais informativos e a publicação de reportagens sobre o assunto. Também já está disponível uma cartilha escolarecimementos sobre os tipos de assédio, suas características e as consequências que a conduta pode causar para as vítimas. Para acessá-la, basta clicar aqui. “Diante do quadro enfrentado pelas instituições de ensino, é fundamental que possamos nos organizar para combater todas as formas de violência. O assédio, infelizmente, ainda se faz presente nas relações cotidiana e nosso sindicato tem se preparado para combatê-lo”, afirmou a 1ª vice-presidenta do Adufg-Sindicato, professora Luciene Dias.

Outra ação que envolve a campanha é a criação de um canal para que as vítimas façam denúncias pela internet. Os relatos podem ser identificados ou anônimos e servirão como base para que a entidade sindical atue junto às autoridades competentes. “Entendemos a necessidade permanente de construir espaços para discutir um problema tão grave, como o assédio. Nossa expectativa é fazer uma campanha acolhedora para que as vítimas se sintam seguras em fazer suas denúncias”, declarou a diretora de Assuntos Interinstitucionais, professora Geovana Reis.

O diretor administrativo da entidade e presidente da Central Única dos Trabalhadores de Goiás (CUT-GO) também respaldou a iniciativa. “Que essa campanha possa ser permanente e alcance toda a comunidade acadêmica”, disse.

Coordenador-geral do SintIfesgo, Fernando Mota ressaltou a importância do combate permanente ao assédio nas universidades. “Um dos principais motivos de afastamento de professores e técnicos-administrativos é essa figura nefasta do assédio. É fundamental que os sindicatos e as instituições se unam para colocar a solução desse problema como prioridade”.

A erradicação da violência da gênero também foi defendida durante o lançamento da campanha. “Essa campanha é importante para enfrentarmos as várias faces da violência, principalmente contra as mulheres, que tanto sofrem nas relações cotidianas. Quando unimos a conscientização e o instrumento de denúncia, passamos a ter mais condições de enfrentar esse grave problema”, avaliou a pesquisadora Maressa Queiroz, representante do projeto “Escuta Acolhedora”.

Diversas autoridades políticas e da comunidade acadêmica estiveram presentes. Entre elas, as vereadoras Aava Santiago e Kátia Maria; a diretora de Mulheres e Diversidade da UFG, Maria Meire de Carvalho Ferreira; a representante do Núcleo de Direitos Humanos da UFG, Helena Esser; e a diretora de Acesso ao Ensino Superior da União Nacional dos Estudantes (UNE) pelo Movimento Correnteza, Letícia Scalabrini.