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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 17/06/2025 - Notícias
Pequenas atitudes, grandes soluções: PodAdufg debate a redução do consumo plástico e desafios atuais da sustentabilidade
Episódio trouxe para discussão a redução no consumo plástico e os desafios à preservação ambiental

A última edição do PodAdufg trouxe a redução do plástico como tema principal, em alusão ao Dia do Meio Ambiente e em abordagem ao tema escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na campanha de 2025.
Os nossos convidados trouxeram questões pertinentes acerca dos desafios enfrentados para a redução do consumo e descarte correto do material. Estima-se que, por ano, 400 milhões de toneladas de lixo plástico sejam produzidos mundialmente, sendo o Brasil o quarto maior produtor, com 80 milhões a cada ano.
A professora aposentada do Instituto de Ciências Biológicas (IC/UFG) e coordenadora do programa Adufg Sustentável, Marilda Shuvartz, iniciou a sua contribuição reforçando a necessidade de estabelecer campanhas contínuas de apoio à educação ambiental, apesar de reconhecer avanços nas discussões públicas e no acesso à informação.
A profissional enfatiza o papel da mídia e das escolas na promoção de uma educação ambiental efetiva, que promova critérios de qualidade com base nas especificidades de cada público.
“Ninguém conscientiza ninguém. A gente oferece condições para construção dessa consciência que é individual. Sempre colocamos a culpa na estrutura e nunca fazemos uma autoavaliação enquanto sujeito participante do processo, por meio do conhecimento”, avalia a pesquisadora.
Ela ressalta que as estratégias para implementação de uma educação de qualidade devem ser pensadas separadamente, de modo a identificar que o tipo de público presente nas escolas não é o mesmo que faz caminhada em um parque, por exemplo.
Essa distinção, segundo ela, é necessária para estabelecer ações e estratégias eficazes de conscientização.
Quem também participou do debate foi o professor titular da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA/UFG), Eraldo Henriques. Ele trouxe à discussão problemas estruturais, como a ausência de aterros sanitários no Brasil, conforme compromisso disposto no Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Segundo o pesquisador, apenas 12% do descarte plástico é feito de forma regular em Goiânia, sendo o resto jogado em lixões e espaços públicos.
“O maior problema do descarte incorreto do plástico hoje é o impacto causado na cadeia alimentar, especialmente nos organismos marinhos”.
Eraldo defende o incentivo à formação e capacitação de cooperativas, que são fundamentais na implementação da coleta seletiva. Além disso, defende que haja mais conscientização das pessoas e participação do Poder Público.
“O plano é uma peça fundamental, desde que não fique só no papel: ele deve ser participativo e apresentar propostas de resolução dessas questões. É importante lembrar que não iremos extinguir o uso do plástico, mas repensar o seu uso e aproveitamento, por meio da associação de parcerias de forma sistêmica, e que envolva múltiplos atores”.
Confira a íntegra do podcast no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=pwWxR7EKt7Y&t=5367s