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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 18/08/2020 - Notícias
Conselho de Representantes do Adufg discute criação de observatório para acompanhar ensino remoto em Goiás
Em reunião virtual realizada nesta terça-feira (18), conselheiros levantaram questões que devem ser esclarecidas pela universidade acerca dos direitos trabalhistas dos professores
O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) discutiu nesta terça-feira (18/08), em reunião virtual do Conselho de Representantes, a criação de um observatório para o acompanhamento das atividades acadêmicas por meio do ensino remoto. Um dos principais objetivos da medida é garantir que os direitos dos professores sejam efetivamente cumpridos. O grupo será formado por professores e membros da diretoria do sindicato.
Na reunião, também ficou definido que o sindicato enviará, até o fim da semana, ofício aos reitores das três universidades federais localizadas em Goiás (UFG, UFJ e UFCAT). O documento solicitará, entre outras questões, que os gestores se empenhem para que os direitos trabalhistas dos docentes sejam assegurados durante o período de aulas remotas.
Os professores destacaram, entre outras questões, a necessidade de que as universidades abram maior diálogo com a categoria. Eles ressaltaram preocupação com assuntos, como respeito à carga horária de trabalho e acúmulo ou desvio de funções. Os docentes lembraram, ainda, a importância da participação do sindicato em todo o processo.
O presidente do Adufg, professor Flávio Alves da Silva, reafirmou que o sindicato continuará acompanhando atentamente todo o processo do ensino remoto. Segundo ele, a entidade atuará para que, em momento algum, os docentes tenham seus direitos prejudicados. “A pandemia resultou em um momento atípico. Enquanto professores, estamos fazendo nossa parte, nos reinventando diante do desafio das aulas remotas. No entanto, como sindicato, não vamos permitir que a categoria seja prejudicada. Nossa assessoria jurídica está à disposição dos professores filiados ou não para sanar todas as dúvidas”, garantiu.
Apesar da polêmica que envolve o ensino remoto, os membros do Conselho de Representantes argumentaram que a crise despertou nos docentes a necessidade da utilização de tecnologias. “Esse encontro não foi apenas uma reunião do conselho, mas também uma oportunidade para refletirmos sobre todas essas questões que envolvem nossas carreiras na era digital”, afirmou a professora Tânia Ferreira Rezende, da Faculdade de Letras da UFG.
Ensino remoto em Goiás
As três instituições universitárias federais goianas já anunciaram a retomada de atividades acadêmicas de forma remota. Na Universidade Federal de Goiás (UFG), serão organizadas todas as atividades possíveis. Em relação às disciplinas com aulas práticas, cada unidade analisará os casos para determinar quando e de que forma poderão ser ofertadas.
Na Universidade Federal de Jataí (UFJ), serão ofertadas disciplinas de núcleo livre, comum e específico, tanto optativas quanto obrigatórias, atividades complementares, práticas como componentes curriculares, disciplinas de orientação, defesas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Tudo isso será realizado mediante aprovação do Conselho Diretor de cada unidade acadêmica.
A Universidade Federal de Catalão (UFCAT) também aprovou resolução que dispõe sobre a regulamentação, em caráter excepcional, da oferta de componentes curriculares e outras atividades acadêmicas de forma não presencial. A resolução permite que cada curso da UFCAT ofereça, de acordo com a legislação vigente e normas de segurança sanitária, disciplinas ou outros componentes curriculares de forma remota, com respeito às condições de acesso dos estudantes e à capacidade de docentes e técnicos administrativos para operação dos sistemas.