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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 21/08/2020 - Notícias

G1: 15 das 69 universidades federais estão sem aulas presenciais ou remotas, diz associação

Outras 54 já voltaram às atividades não presenciais ou estão com cronograma pronto para voltar, entre agosto e setembro.

G1: 15 das 69 universidades federais estão sem aulas presenciais ou remotas, diz associação
Na Universidade Federal do Ceará (UFC), as atividades presenciais retornaram em 20 de julho. — Foto: Natinho Rodrigues/SVM

Cinco meses após a suspensão das aulas presenciais em todo o Brasil, 15 das 69 universidades federais ainda estão sem aulas, sejam elas remotas ou presenciais. Outras 54 já voltaram às atividades a distância ou estão com cronograma pronto para voltar, entre agosto e setembro. O balanço é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), divulgado nesta quinta-feira (20).

A lista atualizada com os nomes das instituições ainda será divulgada. No portal do Ministério da Educação sobre as atividades das universidades e institutos federais na pandemia há a informação de que, até esta quinta, 231 mil universitários estavam sem aulas. Ao todo, 1 milhão de alunos estão matriculados nas universidades federais.

Edward Madureira Brasil, presidente da Andifes, afirma que o retorno está ocorrendo dentro da programação de cada universidade, conforme a realidade dos alunos, professores, e do estágio em que a região se encontra na pandemia.

"As universidades, mesmo sabendo das dificuldades de um retorno remoto em cursos concebidos para serem presenciais, começaram a se organizar e definir de que forma este retorno seria possível", afirmou Madureira.

Apoio a alunos carentes

Nesta segunda-feira (17), o Ministério da Educação (MEC) afirmou que irá fornecer chips e acesso à banda larga para estudantes carentes – 400 mil universitários estão em situação de vulnerabilidade social, ou seja, vivem com menos de um salário mínimo ao mês.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, chegou a reconhecer que a ajuda chegou "um pouquinho tarde". “Houve um delay [atraso], foi um pouquinho tarde para tomarmos essa iniciativa. Mas vocês têm que concordar conosco que o percurso administrativo que as coisas públicas possuem, e toda a nossa burocracia interna, ela nos torna um pouco mais lentos, e isso naturalmente foi uma das causas pelas quais a gente demorou um pouquinho mais do que aparentemente seria o razoável para poder oferecer isso que nós vamos oferecer”, afirmou Milton Ribeiro.

Para Madureira, o auxílio do MEC é importante, mas não é definitivo. "O auxílio do MEC foi importante, mas ele sozinho não é decisivo. A conectividade é apenas um dos problemas que a gente tem", afirmou. Outros problemas seriam o acesso de alunos e professores a computadores e tablets, por exemplo.

Aulas remotas

Estudantes da rede pública se queixaram das dificuldades de acompanhar o conteúdo a distância durante a pandemia. Problemas na conexão à internet, falta de equipamentos de tecnologia (como computadores ou celular) para alunos de baixa renda e ausência de ambiente adequado foram entrave para aulas virtuais.

Quando o MEC foi questionado à época sobre quantos estudantes estavam, de fato, acompanhando o ensino remoto, a resposta foi: a pasta "não dispõe de informações acerca do número de alunos da rede pública de ensino do país que estão tendo teleaulas e aulas online até o momento”.

O questionamento havia sido feito no fim de junho, quando sete parlamentares enviaram um ofício ao MEC solicitando dados. A resposta foi assinada por Milton Ribeiro e enviada à Câmara.