Aulas presenciais só com vacina

Com 177 mil mortes causadas pelo novo coronavírus (Covid-19) no Brasil e ainda sem um plano nacional de vacinação, o governo Bolsonaro volta a menosprezar a pandemia. O Ministério da Educação (MEC) marcou para março a retomada das aulas presenciais nas universidades federais brasileiras. O titular da pasta, Milton Ribeiro, fala em "condições sanitárias e medidas de segurança". No entanto, causa estranheza falar nestes protocolos sendo que o próprio Governo Federal anunciou cortes orçamentários para despesas básicas nas instituições federais de ensino superior para o próximo ano.

Mais uma vez, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) manifesta seu repúdio à gestão Bolsonaro, que tem minimizado cada vez mais a pandemia. O País ainda não possui nem mesmo seringas e, muito menos, garantiu a entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) de diferentes tipos de vacina. Falar em aulas presenciais sem vacinas significa colocar a vida de milhões de brasileiros, entre estudantes, professores, servidores e seus familiares.

É necessário destacar que, mesmo diante da situação de pandemia, os professores universitários não ficaram parados. Ao longo dos últimos meses, os docentes se reinventaram e adotaram o ensino remoto para que os estudantes não ficassem sem aula. Todos os docentes estão empenhados na luta pelo ensino público, gratuito e de qualidade. O Adufg-Sindicato já acionou seu departamento jurídico, que avalia as medidas legais que podem ser tomadas para impedir mais uma medida equivocada de um governo que não respeita a vida.