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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 16/07/2021 - Notícias

Crise energética e a má gestão do Estado pautam Ciclo de Debates Adufg

Especialistas debatem negligência em relação ao setor energético do Brasil

Crise energética e a má gestão do Estado pautam Ciclo de Debates Adufg

“Hoje, no Brasil, temos energia de sobra e, ao mesmo tempo, corremos o risco de racionamento. Estamos diante de uma crise energética que traz grandes consequências para a população”. A análise do coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, Gilberto Carlos Cervinski, durante o Ciclo de Debates Adufg da última quinta-feira (15/07), expõe a negligência do Estado em relação ao setor energético.

Segundo ele, é uma farsa do governo jogar a culpa do aumento das tarifas nos recursos naturais. “Se olharmos os dados estatísticos, as chuvas abaixo da média já eram previstas. Por isso, o planejamento a longo prazo se faz tão necessário. A explosão nos valores da energia precisa ter justificativa e, por isso, culpam as questões climáticas. Porém, isso não tem a ver com o clima. Diz respeito à política energética que se adota e que está em curso”, complementa Gilberto.

A live foi mediada pela diretora de Assuntos Educacionais, de Carreira e do Magistério Superior do Adufg, professora Geovana Reis, e também contou com a participação do professor da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação da UFG, Enes Gonçalves Marra. Para ele, a atual situação se deve à incompetência do Estado.

“Não acho que temos uma crise de energia. Na minha opinião, temos um risco energético, ocasionado pela má gestão de diversos atores, entre eles o Estado. Além disso, estamos vivendo uma crise hídrica. Logo no Brasil, que é um dos países mais privilegiados do mundo em termos de água doce. Isso é mais uma prova da negligência vigente”, pontua Enes.