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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 13/01/2022 - Notícias

Adufg-Sindicato apoia posse da nova reitora da UFG

Entidade mantém indignação contra a intervenção do presidente Jair Bolsonaro, mas acredita que, se docente recusar, governo pode nomear interventor alinhado ao bolsonarismo

Adufg-Sindicato apoia posse da nova reitora da UFG

A diretoria do Adufg-Sindicato divulgou nesta quinta-feira (13/01), nota de apoio à posse da professora Angelita Pereira de Lima como reitora da UFG. "Mantemos nossa indignação contra a intervenção de Bolsonaro, mas entendemos que, se a professora recusar o cargo, o governo pode nomear um interventor", diz trecho do texto. Para a diretoria da entidade, Angelita é uma docente séria e respeitada pela comunidade acadêmica, que contará com apoio irrestrito da categoria. Confira, abaixo, a íntegra do posicionamento do sindicato.

NOTA DE APOIO

A diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) informa que apoia a posse da professora Angelita Pereira de Lima como reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG). A entidade mantém sua indignação contra a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na nomeação da nova reitora, mas acredita que, se ela recusasse o cargo, um interventor alinhado às ideias bolsonaristas poderia ser indicado, o que contraria totalmente os princípios de qualquer instituição de ensino pautada pelos princípios do ensino público, gratuito e de qualidade. Portanto, a docente contará com o apoio irrestrito do sindicato.

Angelita Pereira de Lima é uma docente séria e respeitada por toda a comunidade acadêmica da UFG, que acabou encurralada por uma tentativa do presidente em causar instabilidade política dentro da universidade. Sua missão, agora, é conduzir a instituição de ensino e, para isso, ela contará com o apoio da categoria.

O Adufg-Sindicato reitera, ainda, seu total repúdio ao governo Bolsonaro e lembra que o processo de escolha da professora Sandramara Matias Chaves guardou absoluta harmonia com as normas legais e regimentais aplicáveis. Sua escolha recebeu parecer técnico favorável no próprio Ministério da Educação (MEC) e teve apoio e reconhecimento de diferentes representações sociais e políticas do Estado de Goiás. Até mesmo candidatos que se submeteram à consulta à comunidade endossaram o processo democrático.

Para a diretoria do Adufg, Bolsonaro desrespeitou a escolha da comunidade acadêmica da mesma forma que desrespeita o povo brasileiro diariamente, com sua política desastrosa em áreas, como educação, saúde, economia, ciência e meio ambiente. A intervenção do presidente é um retrocesso feito por um governo autoritário que quer colocar em risco a estabilidade do ambiente universitário.

Diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás
Goiânia, 13 de janeiro de 2022