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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 14/01/2022 - Notícias

Para nova reitora, intervenção de Bolsonaro na UFG não deve ser esquecida

Desafios e enfrentamento à pandemia pela universidade foram temas abordados durante coletiva online

Para nova reitora, intervenção de Bolsonaro na UFG não deve ser esquecida

Nova reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), a professora e jornalista Angelita Lima assume o cargo, a partir desta sexta-feira (14/01), com severas críticas à intervenção do Governo Federal por ter, pela primeira vez, não respeitado a escolha da reitoria por meio do processo eleitoral. A consulta acadêmica, realizada em 2021, havia eleito a professora Sandramara Matias Chaves. Angelita, terceiro nome na lista tríplice definida pelo Conselho Universitário (Consuni), foi surpreendida com a nomeação dela na última segunda-feira (11/01), por meio de uma publicação do Ministério da Educação (MEC) no Diário Oficial da União.

Em coletiva de imprensa online, ela reforçou as críticas ao Governo Federal. “Essa decisão tem um duplo impacto sobre a minha subjetividade. A primeira é a indignação, já que é a primeira vez que a universidade não teve respeitada a sua vontade, que é a nomeação da primeira da lista tríplice. A segunda, é a responsabilidade que sobrecaiu a mim, uma vez que eu compus, licitamente, a lista tríplice, sem essa perspectiva de conduzir a gestão da UFG”, afirmou.

Angelita vai dividir a gestão da universidade com o vice-reitor eleito e pró-Reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, professor Jesiel Carvalho, que também participou da entrevista coletiva.

Nesta sexta-feira, também se encerrou o exercício da até então vice-reitora da UFG, Sandramara Chaves, juntamente do reitor Edward Madureira. Desta forma, Angelita Lima, professora e diretora da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), tomou posse da gestão da reitoria, no mandato 2022-2025.

Transição

Durante coletiva de imprensa, a atual reitora frisou também que a equipe que a acompanhará ainda não está definida, mas que o processo de transição montado pela antiga gestão será respeitado. “Não há ainda uma equipe nomeada e definida. Há um processo de transição em andamento que não está terminado. A postura nossa de não fazer uma ruptura significa que manteremos a equipe elegida na consulta prévia. O processo de transição que está ocorrendo será respeitado, mas podem ocorrer mudanças”, disse.

A nova reitora afirmou ainda que, atualmente, acredita-se que, além do enfrentamento à pandemia, os maiores desafios da universidade são resgatar a confiança da universidade na gestão, garantir a autonomia da UFG, além da suplementação de recursos para a instituição. “Os recursos são insuficientes para custear as despesas básicas da universidade”, informou o vice-reitor sobre os desafios enfrentados pela UFG nos últimos anos.

Retorno das atividades

A UFG anunciou a decisão de adiar a ampliação das atividades presenciais por mais 14 dias, na quarta-feira (12/01). A expansão das atividades estava programada para ocorrer a partir do dia 17 deste mês. Porém, devido aos novos quadros e alta transmissibilidade de nova variante Ômicron. Fica estabelecido o dia 31 de janeiro como nova data para ampliação das atividades presenciais da instituição.

Durante a coletiva, foi informado que as avaliações serão feitas semanalmente até o final deste mês para que seja decidido os próximos passos para o retorno presencial da comunidade acadêmica. “Uma parte das atividades já foram retornadas, principalmente, as estratégicas para o enfrentamento à pandemia. O que se trata dessa medida é o adiamento da ampliação das atividades de graduação, que será avaliado ao longo das semanas”, explicou Josiel Carvalho, vice-reitor.