Notícias

Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 18/06/2025 - Artigo de Opinião

A escolha da nova Reitoria e a construção da UFG que queremos

A escolha da nova Reitoria e a construção da UFG que queremos
Foto: Nilma Ayumi/Adufg

Por Geovana Reis*

Nos dias 24 e 25 de junho, estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes da Universidade Federal de Goiás irão às urnas para decidirem quem irá assumir a Reitoria da nossa instituição. A escolha será feita em um processo democrático, organizado pela própria comunidade universitária e que reforça a nossa tão prezada autonomia.

Duas candidaturas disputam o pleito: a chapa 1, encabeçada pelas professoras Sandramara Matias Chaves e Camila Cardoso Caixeta, e a chapa 2, composta pela professora Karla Emmanuela Ribeiro Hora e pelo professor Eliomar Pereira de Souza. Ambas as chapas são lideradas por docentes com relevantes e reconhecidos serviços prestados para a universidade em diferentes campos de atuação.

O papel e os desafios da UFG

A UFG cumpre um papel importantíssimo na sociedade goiana, que vai muito além da formação de novos profissionais qualificados nas mais diversas áreas do conhecimento. Nosso trabalho em pesquisa, extensão e nas parcerias firmadas com o poder público e o terceiro setor demonstram que a UFG é um agente estratégico para o desenvolvimento econômico e social do estado.

Apesar dessa inegável contribuição, a instituição não está livre de desafios e dificuldades, muitos deles relacionados à diminuição dos investimentos que toda a educação sofre desde 2015. Em que pese a situação ter melhorado nos últimos dois anos, ainda estamos muito longe do ideal.

Essa limitação orçamentária se reflete em diferentes áreas: desde problemas de infraestrutura até dificuldades na consolidação e estruturação de novos campi. Um exemplo são os campus de Aparecida de Goiânia e cidade de Goiás, cujas estruturas são alvos de constantes críticas por parte da comunidade acadêmica. Já o campus de Cidade Ocidental, que acaba de ser criado, exige atenção especial para que sua implantação não repita os entraves já vivenciados nos outros campi do interior do estado.

Também temos dificuldades em outras áreas, como o quadro reduzido de técnico-administrativos. Isso que dificulta a gestão da universidade como um todo, desde a administração da universidade à realização de aulas práticas. Cabe à próxima gestão enfrentar esses problemas e encontrar soluções que garantam a continuidade da excelência acadêmica da UFG.

Olhando para o futuro

Durante a campanha que está em curso, as chapas estão percorrendo a universidade e apresentando formas distintas de ver a UFG, seu papel e suas propostas para o futuro. A partir dessas perspectivas, surgem caminhos diversos para enfrentar os desafios do presente.

É fundamental que nós, docentes, participemos ativamente desse processo. Precisamos ouvir e conhecer as propostas de ambas as chapas de forma consciente e crítica para que possamos votar com a convicção de que escolhemos o melhor caminho para a universidade. É preciso também que incentivemos os(as) estudantes a conhecerem as chapas e participarem do processo. Toda a comunidade deve se envolver nesse importante momento para a UFG.

Escolher a próxima reitoria é uma enorme responsabilidade. É aqui que passamos boa parte dos nossos dias, trabalhando, pesquisando e produzindo conhecimento. Convocamos todos os docentes a participarem dessa escolha, fortalecendo a autonomia universitária e nossa democracia interna. Somente com a participação de todos(as) conseguiremos garantir um futuro alvissareiro para a nossa instituição.

*Geovana Reis, presidenta do Adufg-Sindicato