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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 10/06/2025 - Mais Goiás, Na mídia

Grupo da UFG chama atenção e caminha para transformar Goiás em polo de IA no Brasil

Estado recebeu os primeiros oito supercomputadores de inteligência artificial da Nvidia na América Latina

Grupo da UFG chama atenção e caminha para transformar Goiás em polo de IA no Brasil

O trabalho de um grupo da UFG está chamando atenção dentro e fora do país e caminha para transformar Goiás em polo de IA no Brasil. A movimentação em torno da inteligência artificial no estado ganhou força nos últimos meses com iniciativas que envolvem parcerias públicas e privadas, supercomputadores de última geração e o reconhecimento de uma das maiores fabricantes de tecnologia do mundo.

Em março, Goiás recebeu os primeiros oito supercomputadores de inteligência artificial da Nvidia na América Latina. O investimento de R$ 40 milhões foi viabilizado com apoio do governo estadual, por meio da Fapeg (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás), e da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), organização ligada à administração federal de Lula (PT) que também trabalha com recursos do setor produtivo.

As máquinas devem começar a operar no segundo semestre, mas o impacto já é sentido. Cada chip Blackwell B200 — o mais avançado da Nvidia — custa cerca de US$ 30 mil (quase R$ 180 mil). A chegada dos equipamentos foi possível graças ao trabalho de excelência desenvolvido por cerca de 800 pesquisadores do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia), vinculado à Universidade Federal de Goiás (UFG) desde 2019.

grupo da UFG foi o único da América Latina a apresentar suas iniciativas ao CEO da Nvidia, Jensen Huang, em um evento internacional realizado neste ano. Segundo o coordenador do Ceia, professor Anderson Soares, o sucesso do projeto está na visão prática sobre IA e na articulação entre universidades, empresas e governos.

“Começamos como uma parceria entre a UFG e a Fapeg, e hoje acredito que somos o maior grupo de pesquisa inovadora da América Latina”, afirma Soares. O Ceia foi o primeiro centro a ser contemplado por uma política estadual que busca atrair grandes investimentos com um impulso inicial do poder público. O plano era captar R$ 50 milhões em cinco anos. Já são R$ 269 milhões levantados, com apoio a 93 empresas.

Os projetos desenvolvidos pelo grupo da UFG impactam milhões de pessoas no Brasil. São soluções para o setor financeiro, comunicação, tecnologia e outras áreas. “Ajudamos a tirar do papel produtos que hoje alcançam mais de 90 milhões de brasileiros”, explica o coordenador.

O protagonismo também chegou à sala de aula. A UFG criou, em 2020, o primeiro bacharelado em inteligência artificial do país. Em 2025, o curso bateu recorde: teve a maior nota de corte da universidade, superando até medicina. O desempenho levou a UFG a ser a primeira instituição brasileira a aderir ao programa NVIDIA AI Nation, que oferece suporte técnico e estratégico a governos que desejam implementar políticas de IA.

A parceria com a Nvidia ajuda a treinar e implantar modelos usando computação acelerada, algo que exige equipamentos de altíssimo desempenho — como os superchips já instalados em Goiás. Segundo o diretor da empresa na América Latina, Márcio Aguiar, trata-se da principal iniciativa social da big tech no mundo.

Com todos esses avanços, o grupo da UFG chama atenção pelo pioneirismo e se consolida como peça-chave no esforço para transformar Goiás em polo de IA no Brasil.