JP Online: A Educação não pode ficar à deriva

Editorial

Milton Ribeiro é o quarto ministro da Educação em menos de dois anos do governo de Jair Bolsonaro. Ele substitui Carlos Alberto decotelli, que durou menos de uma semana após ser nomeado. Os antecessores são Abraham Weintraub, que deixou um legado de retrocesso e ataques às universidades, e Ricardo Vélez, olavista que ficou ocupou o MEC por pouco tempo no início do atual governo.

Independente de quem ocupa o Ministério da Educação, uma coisa é clara: falta um projeto de educação que tenha como foco o povo brasileiro. A orientação do atual governo para a educação é autoritária e de desmonte de instrumentos básicos para a qualidade do ensino público.  

Mesmo diante de todos os ataques, as universidades têm conseguido resistir ao que pode ser chamado de projeto de desmonte. Professores, pesquisadores e estudantes estão firmes em seus propósitos ao passo que o governo não consegue apresentar uma única política pública que, de fato, tenha como principal objetivo fortalecer o ensino público.

Ao não priorizar uma das pastas mais importantes do País, o atual governo mostra um projeto obscurantista. A cada dia, o sonho de um futuro melhor por meio da educação se torna ainda mais distante. Não podemos deixar a educação à deriva e uma geração inteira para trás.