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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 08/12/2020 - Jornal do Professor

(JP Online) - Com 177 mil mortes por Covid-19 e sem plano nacional de vacinação, governo Bolsonaro quer retomar aulas presenciais

(JP Online) - Com 177 mil mortes por Covid-19 e sem plano nacional de vacinação, governo Bolsonaro quer retomar aulas presenciais

Mesmo sem uma plano nacional de vacinação e com 177 mil mortes causadas pelo novo coronavírus (Covid-19), o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu nesta segunda-feira (07), que as instituições federais de ensino superior devem retomar as aulas presenciais a partir de 1º de maio de 2021. Em Goiás, os reitores das três universidades federais avaliam que o momento ainda é delicado.

Para a reitora da Universidade Federal de Catalão, professora Roselma Lucchese, ainda não há segurança sanitária que garanta segurança para o retorno presencial. “Na nossa opinião, ainda é muito arriscado. Estamos lidando com um calendário emergencial e precisamos lembrar que sofremos vários cortes orçamentários nos últimos anos, o que reduz nossa capacidade de reformas e construções que são necessárias para adotar qualquer protocolo de segurança”, afirma.

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), professor Edward Madureira, ressalta que as instituições não estão paradas durante a pandemia. “Não paramos de trabalhar e vamos continuar atuando para que garantir segurança, isonomia e qualidade para todas as pessoas envolvidas”, destaca.

Edward Madureira também garante que a UFG vai seguir o planejamento e o calendário que foram estabelecidos para 2021 e 2022. “Vamos nos preparando para a possibilidade do retorno presencial, mas somente quando tivermos as condições sanitárias”, pontua.

Já na opinião do reitor da Universidade Federal de Jataí (UFJ), professor Américo Nunes da Silveira, ainda é cedo para tratar do assunto. “Somos a favor da vida. Vamos discutir o assunto com professores, pais e alunos. A universidade tem autonomia”, defende.

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) já havia se posicionado contra o retorno presencial na última semana, quando o MEC publicou portaria que determinava o retorno das aulas presenciais em janeiro. Nesta terça-feira (08), o sindicato voltou a criticar a decisão e garantiu que o departamento jurídico da entidade vai estudar medidas legais para tratar o assunto.