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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 06/10/2022 - Notícias

Diretoria do Adufg-Sindicato repudia confisco orçamentário nas universidades e diz que governo quer asfixiar a Educação

Governo Federal determinou a retirada de R$ 328,5 milhões das instituições de ensino

Diretoria do Adufg-Sindicato repudia confisco orçamentário nas universidades e diz que governo quer asfixiar a Educação

A diretoria do Adufg-Sindicato divulgou nesta quinta-feira (06/10), nota de repúdio contra o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, que resultou na retirada de R$ 328,5 milhões do orçamento das universidades federais. "Governo fez escolha política por asfixiar a educação", diz trecho da publicação.


Confira a íntegra do posicionamento:

NOTA DE REPÚDIO

A diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) manifesta publicamente indignação e repúdio ao decreto 11.216 de 30 de setembro de 2022, que impõe limitações de recursos às unidades que compõem o Ministério da Educação (MEC). Por determinação do presidente Jair Bolsonaro (PL), o decreto resultou na redução da possibilidade de empenhar despesas das universidades federais no valor de R$ 328,5 milhões. Trata-se de mais um ataque direto à educação pública por parte de um governo que elegeu o ensino, a pesquisa e os serviços públicos como inimigos.

Somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, as universidades federais acumulam R$ 763 milhões em perdas orçamentárias. As unidades de educação básica, por sua vez, perderam mais de R$ 300 milhões. Para a diretoria do Adufg-Sindicato, a situação é inadmissível. Projetos científicos, bolsas de estudos e até mesmo as despesas mais básicas, como água, luz, limpeza, vigilância e manutenção estão em risco.

Importante ressaltar que, nos últimos quatro anos, as universidades federais têm enfrentado uma escalada na precarização de suas condições de funcionamento. Quem paga a conta dos ataques são os professores, os técnicos e os estudantes que compõem a comunidade acadêmica.

A diretoria do Adufg-Sindicato entende que, durante todo o mandato de Jair Bolsonaro, houve uma escolha política por asfixiar a educação. As justificativas vão desde a necessidade do corte de gastos até a insistência imoral em criar fake news sobre as instituições de ensino. O novo bloqueio de recursos faz parte de uma agenda política estruturada pelo atual governo, que tem a desestabilização total do ensino público como um objetivo claro.

Por fim, a diretoria do Adufg-Sindicato informa que sua estrutura política e sindical está à disposição da comunidade acadêmica para tentar barrar mais esse retrocesso. O sindicato avaliará, nos próximos dias, ações a serem tomadas.

 

Goiânia, 06 de outubro de 2022
Diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás