Adufg-Sindicato promove debate sobre diversidade e luta da população LGBTQIAPN+

No mês do orgulho LGBTQIAPN+, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), em parceria com a Secretaria de Inclusão (SIN) da UFG, promoveu a exibição do filme “Bixa Travesty”, seguida de um debate sobre temáticas que dizem respeito à diversidade e à luta por direitos. Participaram da iniciativa as psicológicas Bianca Camargo e Luna Carulina Filgueiras, que integram o coletivo "Camaleoa", além da artista visual Âmbar Pictórica.

“A história das pessoas trans ainda é muito velada. Há 10 anos, por exemplo, era difícil ver uma mulher trans trabalhando em algo que não fosse a prostituição. Algumas coisas mudaram sim, mas ainda temos bastante o que evoluir. Uma pesquisa recente que tive acesso mostra que 95% das mulheres trans ainda estão na prostituição. Então, é algo que merece sim a nossa reflexão”, diz

O coletivo Camaleoa nasceu em 2021 como forma de dar atenção às demandas da população LGBTQIAP+ e também para promover pesquisas nas interfaces entre psicologia social, psicanálise, gênero e sexualidade. No evento, uma das psicólogas que integra o grupo ressaltou a importância de se discutir a questão.

“A saúde mental da comunidade LGBTQIAP+ foi negligenciada por muitos anos. A partir de uma construção histórica, esses corpos nunca tiveram a atenção que merecem, sempre foram anulados. Então, precisamos mudar essa realidade. A Camaleoa tem justamente esse objetivo: colocar a comunidade como protagonista e ouvir os seus anseios”, pontuou Luna Carulina.