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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 15/06/2025 - Notícias

Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa acende alerta para os diferentes tipos agressões

Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa acende alerta para os diferentes tipos agressões

O mês de junho marca uma importante mobilização social: o Junho Violeta, campanha dedicada à conscientização e ao enfrentamento da violência contra a pessoa idosa. A iniciativa, reconhecida internacionalmente, foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e destaca o dia 15 de junho como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data representa um chamado global à reflexão e à ação diante dos abusos sofridos por milhões de idosos em todo o mundo.

A campanha visa alertar a sociedade sobre os diversos tipos de violência que atingem a população idosa, muitas vezes invisibilizados, como negligência, abandono, abuso físico, psicológico, financeiro e até mesmo sexual. 

A Universidade Federal de Jataí (UFJ) é um dos exemplos de instituições que vêm se mobilizando ativamente em defesa da pessoa idosa. Por meio de projetos de extensão em cursos como Medicina, Fisioterapia, Psicologia e Educação Física, alunos e professores desenvolvem ações voltadas à saúde, bem-estar e promoção do envelhecimento ativo.

Entre as atividades estão atendimentos médicos e fisioterapêuticos, visitas domiciliares, práticas de ginástica, danças e oficinas educativas. O projeto “Semeart”, por exemplo, oferece aulas de forró para idosos do Condomínio Vila Vida, enquanto o “EnvelheSer” propõe ações integradas de saúde com foco na autonomia e qualidade de vida da população idosa.

“Esses projetos reforçam o compromisso social da universidade e contribuem para a formação de profissionais mais humanizados e conscientes das necessidades desse público”, afirma a professora Letícia Lemos Ayres da Gama Bastos, coordenadora dos projetos Semeart e EnvelheSer.

Tipos de agressões

A negligência é a forma mais comum de violência, manifestando-se na omissão de cuidados básicos, como higiene, alimentação, medicamentos e atenção à saúde. Em casos mais graves, pode evoluir para abandono, quando não há qualquer suporte familiar ou institucional ao idoso.

Outras formas de violência incluem agressões físicas, abusos emocionais (como humilhações e isolamento social), violência sexual e exploração financeira, esta última, frequentemente praticada por familiares que se apropriam indevidamente da renda do idoso, como aposentadorias e pensões.

Em Goiás, a Polícia Civil registrou cerca de mil casos de violência contra idosos apenas nos primeiros meses de 2024, a maioria ocorrida no âmbito doméstico. Segundo relatos de autoridades, o estelionato cometido por familiares é um dos crimes mais recorrentes.

A população é orientada a denunciar qualquer forma de violência contra idosos pelos canais oficiais: Disque 100 (Direitos Humanos), Disque 180 (Violência contra a Mulher), Polícia Militar (190), Delegacias comuns ou especializadas, além de unidades de saúde e de assistência social.

Junho Violeta não é apenas um mês de alerta, mas um chamado permanente à empatia e à ação coletiva. Denunciar a violência, promover a escuta ativa, garantir o acesso a direitos e criar ambientes seguros para o envelhecimento são responsabilidades de toda a sociedade. Afinal, o respeito às pessoas idosas é, acima de tudo, um dever humano.