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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 04/07/2025 - Notícias

Adufg-Sindicato recebe debate com ministro do Trabalho pelo fim da escala 6x1 e fortalecimento da causa trabalhista

Encontro reuniu centrais sindicais que lotaram o auditório do sindicato em Goiânia; Marinho defendeu jornada de 40 horas semanais e criticou contratações fraudulentas que burlam a CLT

Adufg-Sindicato recebe debate com ministro do Trabalho pelo fim da escala 6x1 e fortalecimento da causa trabalhista
Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ao lado da presidenta do Adufg-Sindicato, professora Geovana Reis. | Foto: Nilma Ayumi/Adufg-Sindicato

O Adufg-Sindicato recebeu, na noite desta quinta-feira (03/07), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para um debate sobre o fim da escala 6x1. O evento reuniu centrais sindicais, sindicatos da rede pública e privada, docentes e lideranças de movimentos sociais.  Na ocasião, o ministro defendeu a redução da jornada semanal para 40 horas, sem corte de salários, como parte de uma agenda de valorização do trabalho e modernização das relações laborais no país. “Precisamos enfrentar esse debate com seriedade”, afirmou.

Durante sua fala, Marinho também ressaltou a importância da revisão da jornada de trabalho e classificou o modelo 6x1, que impõe seis dias de trabalho para apenas um de descanso, como “o mais cruel para os trabalhadores, especialmente para as mulheres”. 

Fortalecimento da luta trabalhista

A presidenta do Adufg-Sindicato, professora Geovana Reis, ressaltou a relevância da presença do ministro no evento, afirmando que o encontro fortalece a luta dos trabalhadores em um momento de importantes desafios. “Foi uma honra receber o ministro em nosso sindicato. Abordamos um conjunto de questões centrais para a classe trabalhadora. Isso fortalece o papel do nosso sindicato dentro da luta trabalhista, mostrando que estamos atentos para acolher todas as demandas possíveis”, avaliou.

Presidenta do Adufg-Sindicato, professora Geovana Reis

O 1º vice-presidente do Adufg-Sindicato, professor Humberto Carlos Ruggeri Júnior, também esteve presente e reforçou a necessidade de combater a desinformação em torno da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Precisamos recuperar o valor do trabalho digno e do nosso estado social. Esse debate é urgente e envolve toda a sociedade”, afirmou.

Já o diretor administrativo do Adufg-Sindicato, professor Cristiano Farias, destacou que o Adufg sempre esteve ao lado dos trabalhadores e que a participação de Luiz Marinho evidencia o compromisso do sindicato com o debate das questões laborais. “A fala do ministro foi clara, objetiva e acessível. Foi importante para entendermos os desafios do governo e da classe trabalhadora, agora e no futuro”, disse.

Diálogo e impacto econômico

Em seu pronunciamento, Luiz Marinho explicou que a mudança na jornada de trabalho não será imposta por lei, mas construída por meio do diálogo entre trabalhadores, empregadores e o governo. O ministro alertou que a escala 6x1 impacta principalmente o setor do comércio e traz prejuízos não apenas aos empregados, mas também às empresas. “Um ambiente de trabalho saudável melhora a produtividade, evita doenças mentais e reduz o estresse. Isso é bom para o trabalhador e para o negócio”, pontuou. 

Para Marinho, os empregadores precisam ser conscientizados sobre os efeitos negativos da escala atual. “É papel do governo facilitar esse diálogo e ajudar as empresas a se prepararem para essa transição. Não se trata apenas de uma pauta sindical, mas do desenvolvimento econômico sustentável do país”, declarou.

Informalidade

Outro ponto importante da fala de Marinho foi a crítica às contratações de trabalhadores como pessoas jurídicas (PJs) ou microempreendedores individuais (MEIs), muitas vezes de forma fraudulenta para burlar a legislação trabalhista. “Isso não atrapalha, ela destrói. Destrói a Previdência, o Fundo de Garantia e todo o sistema que levamos décadas para construir. É um processo perverso”, alertou.

Segundo ele, o discurso de que os jovens não querem empregos formais não se sustenta. “Os dados do Caged mostram que mais de 80% dos mais de 140 mil empregos gerados em maio foram ocupados por jovens de até 24 anos”, afirmou, desmentindo a ideia de rejeição ao modelo celetista.

Escala 6x1

A mudança na escala 6x1 tem ganhado destaque na pauta do Congresso Nacional. Uma proposta de emenda constitucional apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), e apoiada por mais de 230 parlamentares, prevê a redução da carga horária semanal dos trabalhadores brasileiros.

Diretores do Adufg-Sindicato juntos do ministro Luiz Marinho

Diretores do Adufg-Sindicato prestigiaram o evento
Auditório do Adufg-Sindicato ficou lotado