Nota da Diretoria do Adufg-Sindicato sobre o fim do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos

A Diretoria do Adufg-Sindicato celebra a aprovação unânime, por 493 votos a favor, do Projeto de Lei 1087/25 na Câmara dos Deputados, que prevê isenção de Imposto de Renda para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil - ou R$ 60 mil ao ano - e desconto para quem ganha até R$ 7.350,00. A conquista só foi possível graças à pressão da sociedade e à mobilização de movimentos sociais, mostrando que a luta coletiva pode gerar mudanças concretas.

A proposta, enviada pelo governo ao Congresso em março e que cumpre uma promessa da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, ainda precisa ser apreciada pelo Senado Federal e sancionada pelo presidente para entrar em vigor. Trata-se de um passo histórico no enfrentamento às distorções tributárias que, por anos, permitiram que uma pequena parcela da população com altíssimos ganhos pagasse proporcionalmente menos imposto que trabalhadoras e trabalhadores em geral.

Atualmente, quem recebe até R$ 3.036,00 está isento. Acima desse valor, a tributação incide em faixas, que chegam a 27,5% nos rendimentos mais altos. Para compensar o impacto da medida, estimado em R$ 25,8 bilhões em 2026, o projeto cria um mecanismo de justiça fiscal: a taxação dos super-ricos. Passarão a ser cobrados rendimentos acima de R$ 600 mil por ano (equivalente a R$ 50 mil mensais), com alíquotas progressivas que chegam a 10%.

A Diretoria do Adufg-Sindicato considera esta aprovação uma vitória da sociedade brasileira, sobretudo da classe trabalhadora. Como representante dos docentes da UFG, da UFJ e da UFCAT, a entidade reafirma que a luta por justiça tributária ultrapassa os limites corporativos e está diretamente ligada à defesa de políticas públicas, de um Estado forte e de uma sociedade menos desigual - pautas que também fazem parte da missão sindical.