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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 30/10/2025 - Notícias

Nota da Diretoria do Adufg-Sindicato sobre a chacina ocorrida no Rio de Janeiro

Nota da Diretoria do Adufg-Sindicato sobre a chacina ocorrida no Rio de Janeiro

A Diretoria do Adufg-Sindicato manifesta repúdio à operação realizada no Rio de Janeiro, nos complexos do Alemão e da Penha, na última segunda-feira (28/10), que resultou em mais de uma centena de mortes, entre as quais estão, lamentavelmente, moradores de comunidades e policiais.

O número alarmante de mortos evidencia o colapso de uma política de segurança que continua a tratar o enfrentamento ao crime com base na força letal, e não na inteligência, na prevenção e no respeito aos direitos humanos. A repetição de operações dessa natureza demonstra que os governantes têm falhado em proteger sua população e em garantir o direito à vida e à integridade de todos, civis e policiais.

A gestão do governador Cláudio Castro, responsável por quatro das cinco operações mais letais da história recente do Rio de Janeiro, tem consolidado um modelo de segurança pública marcado pela letalidade, pela ausência de transparência e pela indiferença diante das mortes de brasileiros e brasileiras das periferias. Essa política da morte não pode ser naturalizada nem justificada como ação de enfrentamento ao crime.

A violência que recai sistematicamente sobre territórios vulnerabilizados não pode ser naturalizada nem utilizada como instrumento político. A vida de cada cidadão brasileiro, independentemente de sua origem ou condição social, deve ser protegida pelo Estado e não ameaçada por ele.

O Adufg-Sindicato se une a instituições como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), a Fiocruz, a Defensoria Pública da União e diversas entidades da sociedade civil que vêm exigindo apuração rigorosa dos fatos e responsabilização dos agentes públicos envolvidos.

Como entidade representativa dos docentes de três universidades federais, o Adufg-Sindicato reafirma seu compromisso com a democracia, a justiça social e a defesa intransigente da vida. A universidade pública é espaço de produção de conhecimento e de debate sobre políticas que promovam segurança, cidadania e inclusão, e não o aprofundamento da violência.

É urgente repensar o modelo de segurança pública no país. A paz social não será alcançada pela via da morte. Segurança pública não se faz com sangue.


Diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás