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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 05/12/2025 - Notícias

Adufg-Sindicato participa de mobilização nacional contra o feminicídio e a violência contra as mulheres neste domingo (07/12)

Adufg-Sindicato participa de mobilização nacional contra o feminicídio e a violência contra as mulheres neste domingo (07/12)

O Adufg-Sindicato participará do ato promovido pelo Movimento Nacional Mulheres Vivas em resposta à escalada dos casos de feminicídio e da violência contra as mulheres. A mobilização será realizada neste domingo (07/12), a partir das 15h, na Praça Universitária, em Goiânia. Simultaneamente, manifestações ocorrerão em capitais como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

A convocação do movimento ganha força diante do cenário alarmante que afeta o país. Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apontam que, somente em 2025, o Brasil já ultrapassou mil vítimas de feminicídio, uma média de quatro mulheres assassinadas por dia. A indignação nacional também se intensificou após casos recentes que chocaram o país, como o assassinato de Catarina Karsten, estudante de pós-graduação em Florianópolis (SC), morta enquanto caminhava na praia; e o ataque cometido por um ex-servidor do Cefet Maracanã, no Rio de Janeiro, que tirou a vida da diretora Allane Pedrotti e da psicóloga Layse Costa Pinheiro, ambas servidoras da instituição.

Dados
Embora o Atlas da Violência 2025, organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), registre queda de 60,7% no número de feminicídios entre 2013 e 2023 em Goiás, outros indicadores acendem um alerta importante. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, 88% das mulheres brasileiras já sofreram violência psicológica. Goiás ocupa o nono lugar entre os estados onde esse tipo de abuso é mais recorrente.

A violência psicológica é definida pela Lei 14.188/2021 como qualquer ação que cause dano emocional à mulher, prejudique seu pleno desenvolvimento ou busque degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Isso pode ocorrer por meio de ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro mecanismo que afete sua saúde psicológica e sua autodeterminação.

Além disso, Goiás registra um dos maiores crescimentos nos casos de perseguição (stalking) contra mulheres. Conforme o Anuário, os registros subiram de 3.792 casos em 2023 para 4.098 em 2024 — um aumento de 8,1%, acima da média nacional de 18,2%. A taxa de ocorrências por 100 mil habitantes também cresceu, passando de 43,7 para 50,6, reforçando a consistência e a gravidade do problema no estado.