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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 08/12/2025 - Notícias
Contra o feminicídio, Adufg-Sindicato participa da organização da marcha “Mulheres Vivas!” em Goiânia
Diante dos crescentes casos feminicídios e agressões que chocaram o País nas últimas semanas, cerca de 10 mil pessoas ocuparam a Praça Universitária, em Goiânia, neste domingo (07/10), para a marcha nacional “Mulheres Vivas!”. O ato, organizado por diversas entidades e movimentos sociais, entre eles o Adufg-Sindicato, denunciou o avanço da violência de gênero e cobrou ação imediata dos governos.
Os dados reforçam a urgência do tema: Goiás abriga três das 20 cidades com mais casos de estupro no Brasil e ocupa o 6º lugar em registros de violência doméstica, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. “Estamos aqui para dizer, em alto e bom som: chega de feminicídio”, afirmou a presidenta do Adufg-Sindicato, professora Geovana Reis.
A concentração começou às 15 horas, na Praça Universitária, e seguiu em caminhada até a Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem). Durante o percurso, foram realizadas falas políticas, apresentações artísticas e intervenções que denunciaram diferentes formas de violência enfrentadas diariamente por mulheres goianas e brasileiras.
Entre as pautas do “Levante Mulheres Vivas” estão o fortalecimento da Lei Maria da Penha e da Lei do Feminicídio (Lei nº 14.994/2024), além da implementação de políticas públicas eficazes, orçamento adequado para programas de proteção e medidas judiciais céleres. A mobilização destaca ainda a necessidade de atenção especial às mulheres negras, pobres, indígenas, quilombolas e periféricas, que são as principais vítimas da violência de gênero.
Na ocasião, a presidenta do Adufg-Sindicato também reforçou a importância da participação da entidade na mobilização. Segundo ela, o movimento nacional surgiu da indignação diante do aumento dos casos de violência contra as mulheres. “A participação do Adufg-Sindicato na organização é fundamental. Consideramos muito importante que mulheres e homens se manifestem contrários a essa escalada de violência que estamos vivendo. Mulheres têm sido violentadas, mortas e submetidas a diversas formas de agressão”, declarou.
Geovana destacou ainda que, além da violência física, há um crescimento preocupante de agressões psicológicas, morais e patrimoniais. Para ela, esse cenário está associado ao avanço de discursos conservadores que tentam limitar o espaço das mulheres na sociedade.
Mobilização nacional
A marcha ocorreu simultaneamente em várias capitais brasileiras. Em São Paulo, o ato começou ao meio-dia, na Avenida Paulista, e ganhou ainda mais força após casos recentes que comoveram o país, como os assassinatos de Daniele Guedes Antunes e Milena de Silva Lima, ambas mortas por ex-companheiros. Outro caso de grande repercussão foi o de Tainara Souza Santos, de 31 anos, que teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada pelo ex-parceiro. Ela segue hospitalizada.