Presidente do Adufg pede que UFG defenda servidores durante a pandemia

“A universidade e suas lideranças também devem estar engajadas na defesa dos servidores durante pandemia do novo coronavírus”, afirmou o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professor Flávio Alves da Silva, durante a conferência “Os desafios da UFG em tempos de pandemia – múltiplos olhares”. A discussão fez parte da programação do 1º Congresso da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

O presidente também destacou que as entidades sindicais têm cumprido seu papel na defesa dos direitos da categoria, especialmente nesse momento de crise. Citou como exemplo a recente conquista do Adufg, em atuação conjunta com a Proifes Federação e o senador Randolfe Rodrigues (REDE-PA), que resultou na retirada das progressões e promoções da Lei Complementar 173, de 27 de maio de 2020, que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus.

“Sabemos que o Governo Federal está promovendo ataques às universidades, ao ensino superior, aos professores e demais servidores públicos. O Brasil é o País onde o errado é certo e, infelizmente, sempre que a corda tiver que ceder, ela vai atingir as camadas mais vulneráveis”, explicou. “Por tudo que tem acontecido, é fundamental que as universidades valorizem os servidores, especialmente os que têm atuado no combate à pandemia”, disse o presidente do Adufg.

Flávio Alves da Silva também defendeu que a retomada de atividades acadêmicas de forma remota seja melhor discutida com a comunidade acadêmica. “Conhecemos a realidade de milhares de alunos que não possuem acesso à internet e a computadores. Além disso, é uma modalidade de ensino que requer técnicas diferentes das aplicadas presencialmente. Desse modo, seria necessário capacitar os professores para esse tipo de aula, mas somos capazes de nos reinventarmos. A vida é feita de desafios”, completou.

Após o debate, o presidente respondeu aos questionamentos dos docentes sobre a realização de uma assembleia virtual. De acordo com o presidente do sindicato, a instituição tem feito tudo que está ao alcance neste momento e que colocar os professores em risco de exposição à doença não está em pauta. “Não conseguimos uma ferramenta para a assembleia virtual que comporte 2.600 professores”, disse.

Conferência
Inteiramente virtual, respeitando a orientação de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS), o evento teve como tema “Realidade e Futuro da universidade federal”. Um dos principais objetivos do congresso é apresentar à sociedade a experiência e as reflexões de cada uma das universidades federais diante dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Além do presidente do Adufg-Sindicato, participam da conferência o presidente da Associação de Pós-graduandos da Universidade Federal de Goiás (APG-UFG), Dener Lucas Araújo dos Santos, a diretora da pasta de Mulheres do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Goiás (DCE-UFG), Elis Valadares, e o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFES), Fernando César Silva da Mota.