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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 12/08/2020 - Notícias

Com corte previsto em projeto de lei orçamentária, universidades federais goianas podem perder R$ 21,6 milhões no próximo ano

Montante considera a soma das possíveis perdas da UFG, UFJ e UFCAT

Com corte previsto em projeto de lei orçamentária, universidades federais goianas podem perder R$ 21,6 milhões no próximo ano

O Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2021 prevê um corte de 18,2% no orçamento das universidades federais de todo o Brasil. Somando as projeções das três instituições localizadas em Goiás, o prejuízo seria de R$ 21,6 milhões no próximo ano. A proposta, que ainda precisa passar pelo Congresso Nacional, foi feita pelo Ministério da economia e confirmada pelo Ministério da Educação (MEC).

Na comparação com o orçamento de 2020, a Universidade Federal de Goiás (UFG) perderia R$ 16,5 milhões. “É um número impossível de ser absorvido pelas instituições de ensino superior. Estamos há três anos com um orçamento que permanece o mesmo enquanto nossos contratos são reajustados”, afirma o reitor Edward Madureira Brasil, que é presidente da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Para a Universidade Federal de Jataí (UFJ), o corte representaria R$ 2,7 milhões. A Universidade Federal de Catalão (UFCAT), por sua vez, sofreria um impacto de R$ 2,4 milhões. Os números foram divulgados pelo Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Administração das Instituições Federais de Ensino Superior.

Edward Madureira também ressalta que as despesas das universidades devem aumentar no próximo ano por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Vamos ter que readequar espaços e gastar mais com assistência estudantil”, destaca.

Segundo o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professor Flávio Alves da Silva, a proposta é mais um ataque do Governo Federal contra a comunidade acadêmica. “Com esse corte, as universidades não conseguirão cumprir suas finalidades de ensino, pesquisa e extensão. Não podemos deixar que isso aconteça. Vamos iniciar uma grande mobilização para que esse corte não seja efetivado”, garante.