Diretoria do Adufg e membros da Reitoria da UFG avaliam Ensino Remoto Emergencial

Representantes do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) estiveram reunidos, na última semana, com membros da Reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG) para avaliar o Ensino Remoto Emergencial (ERE). A audiência foi realizada de forma virtual. “Sabemos que, por causa da pandemia de Covid-19, as aulas remotas devem ser mantidas até que haja uma vacina disponível. Por isso, queremos continuar garantindo que, diante do ensino remoto, os direitos dos professores sejam assegurados”, afirmou o presidente do sindicato, professor Flávio Alves da Silva.

Na reunião, o diretor administrativo do Adufg, professor João Batista de Deus, destacou que a categoria precisa de mais bases legais para que as aulas continuem sendo executadas. “Estamos diante de uma situação de receio e pressão. A UFG, como toda boa instituição, deve zelar pelos seus servidores. O bem-estar psicológico é uma questão importante”, lembrou.

O docente Romualdo Pessoa também externou preocupação com a exposição dos professores. “Uma fala fora do lugar pode ser jogada nas redes e causar problemas. Precisamos de mais garantias legais”, cobrou. A professora Maria das Graças Monteiro Castro concordou com o posicionamento de Romualdo. “Estamos expostos e somos questionados, inclusive, sobre o salvamento de chats. Não podemos ter nossa autoridade questionada dessa forma”, disse.

O reitor da UFG, professor Edward Madureira Brasil, concordou que o momento é delicado, mas defendeu a importância do diálogo. “Esta reunião de avaliação é muito importante. Estamos todos aprendendo e os conflitos são inevitáveis. A universidade vai se debruçar para solucionar os problemas registrados” garantiu.

Para a vice-reitora, professora Sandramara Matias Chaves, o diálogo estabelecido com o Adufg-Sindicato contribuirá para que soluções sejam encontradas. “Temos feito um esforço muito grande para socializar essas discussões. Estamos construindo alternativas para todas as questões operacionais, legais e administrativas. Ouvir vocês nos dá elementos para aperfeiçoar este processo”, declarou.

Questionado pelo professor Cristiano Farias Almeida sobre o calendário acadêmico para 2021 e 2022, o pró-reitor de Graduação, professor Israel Elias Trindade, afirmou que a proposta é a mesma do que foi desenvolvido atualmente. “Não muda absolutamente nada. As unidades têm autonomia para tomar essa decisão conforme as autoridades sanitárias locais e não há nada por parte delas que preveja um retorno para as atividades presenciais agora”, disse.

Também participaram da reunião os advogados Elias Menta e Igor Escher, da Assessoria Jurídica do Adufg, e os professores Everton Wirbitzki da Silveira (pró-reitor de Gestão de Pessoas) e Moema Gomes Moraes (diretora de Ensino da Prograd).