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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 29/03/2021 - Notícias

Diretoria do Adufg assina moção pela libertação dos presos políticos do Chile

­Documento destaca que detenções criminalizam estudantes e trabalhadores que se colocam em luta nas ruas do país

Diretoria do Adufg assina moção pela libertação dos presos políticos do Chile
A diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) enviou moção em defesa da libertação imediata de presos políticos no Chile. Diversas outras entidades classistas do Brasil já reforçaram a campanha, que se coloca frontalmente contrária à política de Sebastián Piñera, conhecido por adotar uma postura de criminalização de estudantes e trabalhadores que se colocam em luta nas ruas do país, que ainda é marcado por traços da ditadura de Augusto Pinochet.

O documento foi enviado após reunião do Conselho de Representantes do Adufg. No texto, o sindicato ressalta que, em alguns casos, muitas pessoas passaram mais de um ano em prisão preventiva, o que viola as garantias do devido processo legal e sem direito a visitas de seus familiares.

Segundo dados do Ministério Público do Chile, citados em matéria do Sintrajufe/RS, entre outubro e dezembro de 2019, foram detidas 28.210 pessoas, das quais 5.084 foram formalizadas. Deste total, 648 estão em prisão preventiva e 75 foram condenadas. As detenções arbitrárias aconteceram durante mobilizações contra o aumento da tarifa do metrô e em denúncia ao sistema previdenciário privatizado e colocado, ainda na época da ditadura, nas mãos das Administradoras de Fundos de Pensão (AFP). “Temos conhecimento também de que não prosperou a exigência de um projeto de lei de indulto geral para buscar extinguir a responsabilidade penal e a remissão da pena. Assim, aqueles militantes seguem detidos numa afronta à democracia”, afirma a moção enviada pelo Adufg.