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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 01/06/2021 - Notícias

Adufg-Sindicato repudia prisão de professor que utilizava faixa de protesto contra Bolsonaro

Adufg-Sindicato repudia prisão de professor que utilizava faixa de protesto contra Bolsonaro

A diretoria do Adufg-Sindicato divulgou nesta terça-feira (01/06), nota de repúdio contra a prisão do professor Arquidones Bites, que se recusou a retirar uma bandeira de protesto ao presidente Jair Bolsonaro que estava fixada em seu carro particular. A nota classifica a medida como censura e violência. "Policiais agiram em razão das próprias convicções políticas, demonstrando abuso de autoridade", diz o texto.
 

Confira, abaixo, a manifestação do sindicato:

A diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) repudia, de forma veemente, a ação da Polícia Militar que resultou na prisão do professor Arquidones Bites, que se recusou a retirar uma bandeira que estava fixada em seu carro particular com os dizeres “Fora Bolsonaro Genocida”. Trata-se de uma clara demonstração de censura e violência com o objetivo de defender governantes que agem contra o povo.

Garantida pela Constituição Federal, a liberdade de expressão não pode ser violada. Além disso, é preciso entender que não se pode enquadrar como crime o direito de qualquer cidadão de criticar ou manifestar sua indignação contra qualquer governo.

A prisão demonstra claramente que os policiais responsáveis agiram em razão das próprias convicções políticas, demonstrando abuso de autoridade. A indignação de Arquidones com o atual governo converge com o sentimento de milhões de brasileiros e brasileiras. Tanto que, no último sábado, foram registradas manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro por todo o País.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro trata a doença com descaso, minimiza os efeitos da Covid-19 e desrespeita a dor daqueles que perderam familiares e amigos para a doença. Bolsonaro teve a oportunidade de comprar 70 milhões de doses de vacinas contra o vírus em agosto do ano passado, mas, mesmo com o Brasil prostrado diante da pandemia, só assinou contrato há cerca de dois meses. Mais de 460 mil pessoas já morreram vítimas da doença no País.

Vale ressaltar, ainda, que Jair Bolsonaro considera a pandemia superdimensionada, desrespeita medidas de prevenção à doença e promove aglomerações de forma constante. É inaceitável que um presidente continue se comportando como uma espécie de emissário da morte. Por fim, a diretoria do Adufg-Sindicato manifesta sua solidariedade ao professor Arquidones, grande defensor dos direitos humanos e dos trabalhadores do campo e da cidade.


Goiânia, 1º de junho de 2021
Diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás