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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 13/10/2021 - Notícias
Adufg participa de campanha em protesto contra o preço do gás de cozinha
Sindicato está entre as entidades que financiaram a compra de botijões de gás para distribuição a baixo custo para população em situação de vulnerabilidade social
Embora o Brasil seja o décimo produtor de petróleo no mundo, as famílias pagam preços cada vez mais altos pelos combustíveis e gás de cozinha. Pensando em alertar a população para a cobrança abusiva pelo botijão de gás, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) promoveu na manhã desta quarta-feira (13/10) a ação “Tá caro? A culpa é do Bolsonaro” para a comunidade do Jardim Curitiba, região noroeste de Goiânia. Em parceria com diversas instituições e movimentos sociais, entre elas o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), foram distribuídos 250 botijões de gás ao custo de 50 reais, valor considerado justo e acessível para a população. Pelo menos mil pessoas foram beneficiadas indiretamente pelo ato.
Além do fornecimento do gás a baixo custo, a campanha também informou a população sobre a política de preços praticada pelo governo de Jair Bolsonaro. Entre 2003 e 2016, a Petrobras definia o preço do botijão de gás, gasolina e diesel em real, uma vez que toda a produção é feita no Brasil. Entretanto, atualmente, estes valores são cotados em dólares, o que promove a alta nos preços. O problema pode ser ainda maior caso a privatização da Petrobras venha a ser realidade. Bolsonaro já vendeu a BR Distribuidora, antiga proprietária da marca de postos BR, e caminha agora para a venda de oito das 13 refinarias de petróleo que a Petrobrás possui.
“Essa política de acompanhar o dólar está encarecendo o gás de cozinha e os combustíveis, sendo que o nosso País é autossuficiente na produção. É lamentável isso que vem acontecendo e afetando a população”, criticou o presidente do Adufg-Sindicato, professor Flávio Alves da Silva. O docente participou do ato e alertou ainda que mais da metade da população brasileira está em risco de insegurança alimentar. “As pessoas estão comprando ossos, pés de galinha, rejeitos, salsichas, alimentos ultra processados que são mais baratos. A nossa situação é deprimente, as pessoas estão morrendo de fome, não conseguem comprar nem a comida e muito menos o gás para preparar os alimentos”, completou.
A auxiliar de secretaria Deuseli Raimunda da Silva Rocha foi beneficiada com o gás a 50 reais e agradeceu aos organizadores da campanha. “Hoje é muito difícil para nós comprarmos um gás. Quem vive de um salário mínimo e precisa pagar a água, energia, alimentação e ainda o gás, vive em condições bem ruins. Está difícil sobreviver”, lamentou.