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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 09/12/2021 - Notícias
Adufg-Sindicato participa da Semana de Direitos Humanos da Proifes-Federação
Evento contou com programação diversificada e de maneira híbrida, entre atos de rua e debates sobre a agenda 2022 para o Grupo de Trabalho dos Direitos Humanos
A imagem impactante de uma mulher cadavérica, cercada por ossos, segurando em seus braços uma criança morta, provocou diversas reações em quem passava pela Praça das Bandeiras ou pelo Terminal Rodoviário de Brasília, na tarde desta quarta-feira (08/12). A performance artística era parte da programação da Semana dos Direitos Humanos da Proifes-Federação, promovida de forma híbrida entre os dias 6 e 10 de dezembro. O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) participou do evento que este ano tem como temática “Fome não é Fake”, trazendo à tona debates como o retorno da fome e a miséria no Brasil.
Segundo uma pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 19 milhões de brasileiros passam fome e 55% da população apresenta algum nível de insegurança alimentar. “Estamos vivendo um período em que o governo é inimigo dos direitos humanos e ataca quem defende um posicionamento contrário. É inaceitável que milhares de crianças vão dormir todos os dias com fome”, afirmou a diretora de Assuntos Educacionais, de Carreira e do Magistério Superior do Adufg-Sindicato, professora Geovana Reis - que integra o Grupo de Trabalho de Direitos Humanos da Proifes -, ao participar do ato.
O diretor de Assuntos Interinstitucionais do Adufg, professor Luís Antônio Serrão, Contim, também participou da programação em Brasília. Tivemos um período pós Constituição de 1988 que retomou os direitos que havíamos perdido com a ditadura militara, agora vivemos um momento em que precisamos lutar para resgatar novamente esses direitos”, ressalta. Outro ponto abordado pelo diretor do Adufg-Sindicato é que o governo de Jair Bolsonaro é de extrema direita e não tem medido esforços para acabar com os direitos mais básicos do ser humano, como o de uma alimentação segura. “Chegamos ao extremo. Hoje o Brasil voltou ao mapa da fome. A sociedade precisa se organizar para lutar pela reconquista dos seus direitos”, disse.
GT e debates
Nesta quinta-feira (09/12), o evento foi realizado na sede da Proifes-Federação, capital federal, com o encontro entre os membros do Grupo de Trabalho em Direitos Humanos para debate e construção da agenda 2022. Geovana conta que durante a reunião foi discutido o planejamento do Fórum Nacional dos Direitos Humanos, que ocorre em janeiro, além da programação do Encontro Nacional de Direitos Humanos e o calendário de lutas para o primeiro semestre.
A diretora de Direitos Humanos da Proifes, Rosangela de Oliveira destacou que os sindicatos federados têm atuado junto às comunidades em situação de vulnerabilidade. “O nosso papel é falar para além dos muros do sindicalismo. Essa perda de direitos não afeta apenas a nós docentes, mas também os nossos alunos e as suas famílias. Não vivemos sozinhos, somos uma sociedade que é coletiva e que precisa estar harmônica e equilibrada. Se eu entendo que estamos em um momento de recessão e voltamos ao mapa da fome, mas ainda consigo ir ao supermercado fazer uma boa compra, eu preciso lembrar que às vezes o meu estudante não consegue. Tanto que realizamos muitas ações este ano com doação de cestas básicas. A minha percepção é que a Proifes conseguiu furar essa bolha do sindicalismo”, ressaltou.