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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 14/01/2021 - Jornal do Professor

(JP Online): Os desafios dos professores em tempos de ensino remoto

(JP Online): Os desafios dos professores em tempos de ensino remoto

O Ensino Remoto Emergencial (ERE), adotado para amenizar os impactos da pandemia e para dar continuidade às atividades acadêmicas nas universidades, trouxe uma série de novos desafios. Após a conclusão de um semestre de adaptação, os docentes colocam na balança os pontos positivos e as questões mais desafiadoras de lecionar à distância. “O mais desafiador é manter os alunos conectados e atentos. Muitos não ligam as câmeras durante as aulas e a maior dificuldade é ter a percepção de como eles estão do outro lado da tela”, avalia o professor Rodrigo Cássio de Oliveira, da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Segundo o docente, entre os aspectos positivos, está a utilização de novas ferramentais digitais, que resulta na diminuição do uso de papel. “A entrega de trabalhos em formato digital é muito interessante e pretendo adotar isso até mesmo nas aulas presenciais”, conta.

Para a professora da Universidade Federal de Catalão (UFCAT), Heloísa Vitória de Castro, do curso de Educação do Campo, a maneira como as ferramentas digitais permitiram reduzir distâncias é altamente positiva. “O ensino remoto nos permitiu realizar, por exemplo, uma palestra com uma professora convidada de Brasília, pois não pedíamos de recurso nem de logística”, explica. Como principal ponto desafiador, a docente salienta a dificuldade de acesso, especialmente para alunos no interior e no campo. “Mesmo com subsídios, os alunos enfrentaram muitas limitações. Eu mesma aumentei a velocidade da minha internet e possuo um bom computador e ainda assim minha conexão caiu duas vezes durante a aula”, relata.

“A gente perde o contato com o aluno dentro de sala de aula”, avalia o professor Luis Contim, da Universidade Federal de Jataí (UFJ), e diretor para Assuntos Interinstitucionais do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato). “Essa perda da relação professor-aluno compromete diretamente o processo de ensino e de aprendizagem”. Ele também enfrentou problemas de conexão: “E aí você tem que fazer um malabarismo para contornar a situação”.

Apesar dos desafios, no geral, os três docentes avaliam a experiência como positiva, uma vez que a pandemia do coronavírus (Covid-19) não acabou. ““Por mais limitações que tenha, ainda é uma ferramenta que nós precisamos utilizar para manter nossos alunos conectados com a universidade e ir avançando nesse processo de ensino”, destaca Contim.

Apoio
O Adufg-Sindicato realizou diversas ações durante a implementação do Ensino Remoto Emergencial. O Adufg doou materiais como computadores, tablets e periféricos para alunos de baixa renda. Da mesma forma, diversos episódios do programa Jurídico Responde esclareceu dúvidas frequentes sobre o ERE, assim como reportagens do JP Online.

A diretoria participou de reuniões e esteve em contato direto com as reitorias representando os docentes e suas dificuldades de adaptação ao sistema, além de encaminhar ofícios à gestão sobre o ensino remoto e suas diretrizes. O sindicato também tem acompanhado a nova modalidade de ensino para assegurar que os direitos dos docentes sejam assegurados.