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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 26/05/2023 - Notícias

Adufg-Sindicato e Proifes participam de reunião com o MEC para discutir Novo Ensino Médio

Na ocasião, a diretora do Adufg deixou claro que o novo modelo coloca em risco importantes conquistas de inclusão realizadas nos últimos anos

Adufg-Sindicato e Proifes participam de reunião com o MEC para discutir Novo Ensino Médio

A diretora de Assuntos Interinstitucionais do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), professora Geovana Reis, participou na última quinta-feira (25/05), em Brasília (DF), de reunião com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Getúlio Ferreira, para discutir o Novo Ensino Médio (NEM). Ela integra o GT Educação da Proifes-Federação e, juntamente com os demais membros, trataram das novas diretrizes da etapa de ensino com o Ministério da Educação.

Na ocasião, a diretora do Adufg deixou claro que o novo modelo, que começou a ser implantado em 2022, coloca em risco importantes conquistas de inclusão realizadas nos últimos anos, já que as políticas previstas agravam as desigualdades. “Em pouco tempo, o modelo pode levar alunos oriundos de escolas públicas de acessaram as universidades públicas brasileiras. Para nós, a melhor solução, de fato, é a revogação do Novo Ensino Médio”, defendeu a professora.

Na oportunidade, foi apresentado para o Ministério o posicionamento da Proifes-Federação pela revogação do NEM e a preocupação da entidade a respeito do tema, tendo como fundamento o documento elaborado durante o Seminário Nacional realizado pelo GT Educação, nos dias 11 e 12 de maio.

Propostas

“Durante a reunião, deixamos claro para o MEC que, para a Proifes, assim como para várias entidades do campo educacional, o NEM é irreformável. Além disso, nos colocamos à disposição para contribuir com o Ministério, por meio do Fórum Nacional de Educação, diretamente para a construção de uma nova proposta, inclusive dialogando com a proposta que já está circulando dentro do Congresso Nacional”, afirmou Carlos Alberto Marques, coordenador do GT Educação.

Foi reforçado, ainda, que há alternativas ao Novo Ensino Médio, como, por exemplo, as diretrizes curriculares de 2015, além do modelo praticado pelos institutos federais, que são referência de qualidade na formação do ensino médio no Brasil e, inclusive, é muito afeto à secretaria do MEC, a SETEC.

“Fizemos um apelo para que fique claro para a sociedade qual a posição do MEC, qual é a proposta que se tem e se o Congresso vai modificá-la ou não. Também apresentamos uma crítica à consulta pública que o Ministério está fazendo, com perguntas fechadas e limitadas. Em relação a isso, alertamos a SETEC para que se faça um uso muito cuidadoso do resultado dessa consulta”, reforçou o coordenador, frisando que o MEC e as entidades devem lutar pela ampliação do funcionamento da educação pública no Brasil.

O Ministério irá usar as sugestões e propostas apresentadas pela comunidade escolar, profissionais do magistério, entidades, equipes técnicas dos sistemas de ensino, sociedade civil, pesquisadores e especialistas do campo da educação para tomar a decisão acerca dos atos normativos que regulamentam o ensino médio.