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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 21/05/2025 - Notícias

Roda de Leitura realiza reunião com debate sobre o livro “Noites Brancas”, de Fiódor Dostoiévski, no dia 05 de junho

Roda de Leitura realiza reunião com debate sobre o livro “Noites Brancas”, de Fiódor Dostoiévski, no dia 05 de junho

No dia 05 de junho, a Biblioteca Comunitária Adufg/Libris, na sede Goiânia do sindicato, irá sediar uma nova edição da Roda de Leitura, que analisará o livro “Noites Brancas”, do autor russo Fiódor Dostoiévski. Publicado originalmente em 1848, o conto acompanha um morador de São Petersburgo conhecido como o Sonhador, que sofre com a solidão até conhecer uma melancólica jovem de coração partido. A partir deste encontro, os personagens desenvolvem uma conexão arrebatadora, e o Sonhador tem uma sensação de que finalmente coisas incríveis podem acontecer em sua vida. 

Mesmo com a publicação original sendo no século XIX, a geração atual tem se conectado bastante com “Noites Brancas”, graças à abordagem temática da solidão, do pertencimento e do desejo, se tornando um fenômeno inesperado do movimento literário conhecido como BookTok, originado no aplicativo TikTok. Outros fatores que colaboraram para este destaque são o tamanho curto (menos de 100 páginas) e o viés mais romântico do enredo, distanciando-se do trabalho mais pesado e sombrio do autor russo, como em “Crime e Castigo”.

O conto de Dostoiévski já foi adaptado para o cinema em várias línguas, como o francês e o persa; porém, somente a primeira adaptação produzida, sob a direção de Luchino Visconti (O Leopardo), se destaca entre as demais. Mudando a ambientação para a cidade italiana de Livorno, o longa de Visconti, lançado em 1957, estrelou Marcello Mastroianni (A Doce Vida) e foi premiado no prestigiado Festival de Veneza.

Sobre a última reunião

Em 08 de maio, a Roda de Leitura trouxe para análise o livro “Quarto de Despejo”, da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus. Publicado originalmente em 1960, a obra é um relato autobiográfico da vivência da autora como mãe, moradora da favela e catadora de papel. No ano seguinte, Edy Lima realizou uma adaptação teatral da obra, encenada pela primeira vez em São Paulo.

“Quarto de Despejo” foi a estreia de Carolina Maria de Jesus na literatura, possibilitada pela sua amizade com o jornalista Audálio Dantas, que foi o primeiro editor da obra. O livro fez um sucesso estrondoso, tendo vendido 10 mil exemplares em apenas uma semana, e sido traduzido para treze idiomas e distribuído em mais de quarenta países. A publicação e a tiragem recorde, cerca de 100 mil em três edições sucessivas, revelaram o interesse do público e da mídia da época pelo ineditismo da narrativa da favelada catadora de papeis e de outros lixos recicláveis.

Em breve, a história de Carolina Maria de Jesus ganhará vida nas telonas, sob a direção de Jeferson De (‘Doutor Gama’) e roteiro de Maíra Oliveira (‘A Magia de Aruna’). A adaptação será coproduzida pela Globo Filmes, e terá Maria Gal (‘Poliana Moça’) no papel da autora.