Consuni elabora lista tríplice para nova Reitoria da UFG

O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Goiás (UFG) se reuniu na última sexta-feira (04/07), para votação e proclamação da lista tríplice da nova Reitoria para mandato de quatro anos, de janeiro de 2026 a janeiro de 2030. O documento deve ser enviado ao Ministério da Educação. Cabe ao presidente da República fazer a nomeação.

As professoras Sandramara Matias (FE-UFG) e Camila Caixeta (FEN-UFG), da Chapa 1, lideraram as indicações, tendo recebido 55 dos 63 votos válidos. As docentes também venceram a consulta à comunidade universitária, realizada em junho, com ampla participação de estudantes, técnico-administrativos e docentes.

Completam a lista para o cargo de reitora as professoras Lueli Duarte (FE-UFG) e Jaqueline Araújo (IME-UFG). Já as professoras Lucilene Maria (ICB-UFG) e Abadia dos Reis (EA-UFG) completam a lista para o cargo de vice-reitora.

Durante a sessão do Consuni, os 63 votantes habilitados foram chamados nominalmente. Os 55 presentes depositaram seus votos em urna previamente conferida pelo público. O processo foi conduzido com ampla participação da comunidade acadêmica, incluindo representantes docentes (Flávia Aparecida de Oliveira, Ardiley Avelar e Wendell Coltro), técnico-administrativo (Hugo Ginu) e discente (Aziza Gomes de Morais).

Compromisso com a autonomia
Desde o início do seu atual mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que respeitaria a vontade das instituições na escolha dos seus dirigentes. “Quem tem que gostar do reitor são os professores da universidade, os funcionários da universidade, a comunidade universitária que tem que saber quem é que pode administrar bem”, declarou.

Ainda em 2023, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 1621/2023, que prevê a obrigatoriedade de nomeação do candidato mais votado nas consultas internas. O projeto foi apensado ao PL 4104/2012 e aguarda deliberação na Mesa Diretora da Câmara, sem previsão de avanços. O Adufg-Sindicato e o Proifes-Federação tem atuado pelo fim da lista tríplice.

A discussão sobre o tema ganhou força após episódios do governo anterior em que o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou de nomear o candidato mais votado em diversas universidades federais, o que gerou forte reação da comunidade acadêmica e de entidades representativas em defesa da autonomia universitária.