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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 29/10/2025 - Notícias

Em defesa dos serviços públicso, Adufg-Sindicato e PROIFES-Federação participam da Marcha Nacional contra a Reforma Administrativa

Em defesa dos serviços públicso, Adufg-Sindicato e PROIFES-Federação participam da Marcha Nacional contra a Reforma Administrativa

Representantes do Adufg-Sindicato e do PROIFES-Federação participaram nesta quarta-feira (29/10), da Marcha Nacional do Serviço Público Contra a Reforma Administrativa, que reuniu milhares de servidores públicos municipais, estaduais e federais de todo o País nas ruas de Brasília. A mobilização, organizada por centrais sindicais e diversas entidades representativas dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, cobrou do Congresso Nacional a retirada imediata da PEC 38/2025, apresentada pelo deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ).

A proposta de Reforma Administrativa representa um grave ataque aos serviços públicos e à sociedade brasileira. Produzida por um grupo de parlamentares ligados ao empresariado, a PEC retoma o conteúdo da antiga PEC 32/2020, do governo Bolsonaro, e reapresenta o mesmo projeto de desmonte do Estado, agora com nova roupagem.

Sob o discurso de “modernização” e “combate aos privilégios”, o texto retira direitos históricos dos servidores, fere o pacto federativo e fragiliza a estabilidade, pilares fundamentais para garantir um serviço público profissional e protegido de interferências políticas. Entre os retrocessos, a proposta centraliza decisões em Brasília, retira a autonomia de estados e municípios, permite perseguição política e corte de cargos por decreto, fragiliza carreiras e estabilidade, incentiva terceirizações e reduz concursos públicos.

Além disso, a PEC ameaça a Previdência dos servidores, com a possibilidade de extinção gradual do Regime Próprio (RPPS) e quebra da paridade entre ativos e aposentados. “Os trabalhadores da educação brasileira estão aqui para denunciar essa manobra vergonhosa do presidente da Câmara dos Deputados. Estamos aqui para dizer não até que essa PEC da bandidagem seja barrada pelo Congresso”, afirmou o presidente do PROIFES-Federação, professor Wellington Duarte, durante o ato.

O diretor financeiro do Adufg-Sindicato e vice-presidente da Federação, professor Flávio Silva, destacou o caráter histórico da mobilização e o impacto da proposta para toda a sociedade. “Estamos aqui participando desse movimento histórico para não permitir que os serviços públicos brasileiros sejam destruídos. Precisamos que toda a sociedade se una contra essa proposta de reforma administrativa. Queremos enterrar de vez essa proposta tão absurda”, afirmou.

Para o 1º vice-presidente do Adufg-Sindicato, professor Humberto Carlos Ruggeri Júnior, a mobilização é fundamental para a defesa dos direitos dos servidores e dos serviços prestados à população. “Nós, do Adufg-Sindicato, junto com o PROIFES-Federação, estamos juntos para dizer não à reforma administrativa. Essa reforma não visa apenas à redução de direitos duramente construídos por nós, trabalhadores do setor público, mas também não é uma reforma administrativa propriamente dita, é uma reforma de Estado que prejudica os serviços prestados a toda a população”, disse o professor.

A segunda vice-presidenta do Adufg-Sindicato, professora Luciana Elias, ressaltou a importância da comunidade acadêmica na manifestação. “Nós estamos aqui na na luta contra a reforma administrativa, principalmente nós, da Universidade Federal de Jataí, onde  sofremos com a falta de técnicos e professores suficientes. Agora, estamos aqui unidos contra todo o desmonte do serviço público nacional”, afirmou.

O diretor administrativo do Adufg-Sindicato, professor Cristiano Farias, também participou do ato em Brasília, reforçando o compromisso da entidade com a luta em defesa do serviço público.

A Reforma Administrativa não atinge apenas os servidores. Ela impacta diretamente toda a população que depende dos serviços públicos. Com a precarização dos vínculos e o enfraquecimento das carreiras, áreas essenciais como saúde, educação e segurança ficam em risco. A proposta não moderniza o Estado, e o reconfigura para servir a interesses privados, concentrando poder no Executivo e reduzindo a capacidade do Estado de garantir direitos e promover políticas públicas.