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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 02/07/2021 - Notícias

"Reforma administrativa promove demonização dos serviços públicos no Brasil", afirma deputado federal Elias Vaz em seminário do Adufg

“A reforma administrativa promove a ‘demonização’ do serviço público no Brasil e faz da política de destruição, aproveitando-se deste período de pandemia pelo qual estamos passando. Foi o que destacou o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) na noite desta quinta-feira (1º/07), na última live do seminário “Impactos da Reforma Administrativa”, promovido pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato). “São questões nefastas que acabam com a estabilidade dos servidores e causam um grande retrocesso para toda sociedade”, completou o parlamentar.

Com o tema “Reforma administrativa: mais uma ferramenta de desmonte do Estado”, a live foi mediada pelo diretor administrativo do Adufg, professor João Batista de Deus. “Desde o impeachment da presidente Dilma, percebemos, cada vez mais, um Estado fragilizado. Como resultado, temos o desmonte dos serviços públicos, principalmente aqueles prestados à população, como a educação, saúde, aposentadoria, entre outros”, ressaltou o docente.

Risco à estabilidade
Para exemplificar a importância da estabilidade dos servidores públicos, Elias Vaz citou o caso do servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, que denunciou suposto escândalo envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin. “Se a reforma administrativa estivesse em vigor, esse servidor seria demitido. Então, isso mostra o quanto a proposta representa um risco para todos nós”, afirmou.

Outra questão apontada por ele foi a contratação de servidores sem concursos públicos, permitida pela proposta do Governo Federal. “É algo inadmissível. Voltaríamos aos apadrinhamentos, a contratações por interesses. Não podemos admitir que isso aconteça”, concluiu o deputado federal.

Programação
O seminário “Impactos da Reforma Administrativa” foi promovido pelo Adufg-Sindicato entre os dias 29 de junho e 1º de julho. Um dos objetivos foi demonstrar o quanto os servidores públicos e a população como um todo podem ser prejudicadas caso a proposta seja aprovada.

No primeiro dia, o advogado Elias Menta e a diretora de Assuntos Educacionais, de Carreira e do Magistério Superior do Adufg, professora Geovana Reis, falaram sobre os ataques aos servidores públicos e os desafios do movimento sindical diante da PEC 32/20.

Na quarta-feira (30/06), foram discutidas questões relacionadas ao sucateamento dos serviços públicos e a precarização do trabalho. Para falar sobre o assunto, o seminário recebeu o advogado Rodrigo Guedes Casali e a diretora de Convênios e de Assuntos Jurídicos do Adufg, professora Ana Christina de Andrade Kratz.