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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 26/04/2022 - Notícias
Adufg-Sindicato apoia à paralisação nacional dos servidores em defesa da reposição salarial de 19,99%
Proposta de reajuste de 5% por parte do governo federal não atende às necessidades da categoria, que já amarga sem qualquer tipo de negociação há cinco anos. Servidores públicos federais de todo o País participam da paralisação
O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) apoia à paralisação nacional dos servidores públicos federais que será realizada nesta quinta-feira (28/04). A principal pauta é a reposição salarial da categoria, que não recebe qualquer tipo de reajuste há pelo menos cinco anos. Na semana passada (20/04), o Sindicato já havia emitido nota de repúdio à proposta de concessão de 5% de reajuste por parte da gestão Bolsonaro-Guedes ao funcionalismo. No entanto, o percentual não alcança sequer um terço dos 19,99% referente a inflação do governo de Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o presidente do Adufg-Sindicato, professor Flávio Alves da Silva, a defasagem salarial dos docentes dos Institutos Federais beira os 40%, ou seja, a oferta de 5% de reajuste por parte do governo federal mais o aumento de R$ 400,00 do vale alimentação não atende as necessidades da categoria. “É uma proposta unilateral, essa negociação precisa ser feita junto aos sindicatos Bolsonaro não nos recebe para negociar, o último aumento foi feito na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. As negociações estão paradas e, para tentar o mínimo, nós pedimos somente a inflação acumulada do governo atual, calculada em 19,99% e, mesmo assim, nada foi oficializado”, disse.
Em nota, o Adufg-Sindicato pontua que a inflação acumulada dos últimos 12 meses já é de 11,3%, segundo dados deste ano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E outro ponto a ser considerado é que o governo não esclareceu questões fundamentais sobre o tal reajuste de 5%, como por exemplo se ele será dado aos aposentados, se será sobre o salário base ou o conjunto dos vencimentos, ou mesmo a partir de quando ele seria incorporado aos salários dos servidores.
O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFESgo) também aderiu à paralisação. Em entrevista ao portal de notícias Mais Goiás, o presidente da entidade, Fernando Mota, informou que também está em pauta a derrubada da portaria 983/2020 (que estabelece uma carga horária mínima de 14 horas semanais para aulas), a flexibilização da jornada de trabalho dos técnico-administrativos em educação, contra assédio moral nos Institutos Federais, por mais concursos, e contra a reforma administrativa.