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Autor: Ascom Adufg-Sindicato

Publicado em 01/07/2025 - Notícias

Adufg-Sindicato se une a entidades contra a volta da proposta de reforma administrativa

Adufg-Sindicato se une a entidades contra a volta da proposta de reforma administrativa

Membros da diretoria do Adufg-Sindicato participaram, na última semana, de um debate sobre a nova tentativa do Congresso Nacional de votar, sem o devido debate pública, uma proposta de reforma administrativa que “requentaria” a polêmica PEC-32, apresentada ainda no governo Bolsonaro. O evento foi promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo).

Durante a plenária, os participantes debateram de forma aprofundada os riscos envolvidos na reforma administrativa, com destaque para as ameaças à estabilidade no serviço público, a ampliação da terceirização e o desmonte das políticas públicas. Também foi manifestada grande preocupação com a possível precarização das condições de trabalho dos servidores e os impactos negativos na qualidade dos serviços oferecidos à população.

Foram ainda analisados pontos como a ampliação dos contratos temporários, a possibilidade de redução de jornada com diminuição proporcional de salários, a diminuição do número de carreiras e mudanças na gestão do serviço público, medidas que podem trazer sérios prejuízos à estrutura e ao funcionamento do Estado.

A proposta é que, a partir do encontro, cada entidade sindical estimule debates em suas bases, fortalecendo a mobilização contra a aprovação da Reforma Administrativa. O debate ocorre em resposta à criação de um Grupo de Trabalho (GT) pela Câmara dos Deputados, responsável por elaborar um relatório sobre o tema, com previsão de entrega até o dia 18 de julho.

“Essa PEC veio para acabar com o serviço público, literalmente, e acredito que precisamos ampliar o debate”, afirmou a diretora de Assuntos Educacionais e de Carreira do Adufg-Sindicato, professora Maria José Pereira, durante o evento. O texto-base apresentado pelo GT da Câmara dos Deputados prevê a reformulação do regime do serviço público, incluindo, entre outros retrocessos, a possibilidade de perda do cargo em caso de avaliações de desempenho consideradas insatisfatórias.

“A reforma não é um ataque somente aos nossos trabalhadores, mas também ao nosso modelo de Estado”, acrescentou o 1º vice-presidente do Adufg-Sindicato, professor Humberto Carlos Ruggeri Júnior. Ele destacou ainda a dificuldade em conscientizar a população sobre a importância da estabilidade no serviço público. “A estabilidade não é um privilégio, mas um mecanismo de defesa dos trabalhadores e do próprio Estado brasileiro”, declarou.

Ao final da reunião, o SINT-IFESgo convocou as entidades sindicais e movimentos sociais a intensificarem a mobilização contra a PEC 32. Entre as ações propostas estão: o engajamento no Fórum Goiano, a construção de audiências públicas, a promoção de paralisações e debates pelas entidades e a organização de caravanas a Brasília nos dias 7 e 8 de julho, com o objetivo de pressionar os parlamentares.

Pelo Adufg-Sindicato, também estiveram presentes a diretora de Assuntos Interinstitucionais, professora Alessandra Gomes de Castro, e a diretora secretária, Marilda Schuvartz.

Jornada de Lutas da Aliança das Três Esferas
Na última semana, entidades filiadas à CUT que integram a Aliança das Três Esferas, como PROIFES, Condsef/Fenadsef, Confetam, Fenasepe, CNTE, CNTSS e Sinagências, aprovaram a convocação de uma Jornada de Lutas, a ser realizada de 1º a 14 de julho. O calendário contempla uma série de atividades voltadas à mobilização das bases, em um momento decisivo para a defesa dos serviços públicos.

Entre os eventos previstos estão: a audiência pública do GT, marcada para 2 de julho, com participação de governadores e prefeitos; o seminário da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, no dia 8, que discutirá o relatório preliminar do GT; e manifestações em Brasília nos dias 7 e 14, datas de apresentação dos relatórios preliminar e final, respectivamente.