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Autor: Ascom Adufg-Sindicato
Publicado em 18/05/2020 - Notícias
Ataques às universidades públicas são debatidos em live promovida pelo Adufg
Iniciativa faz parte da programação de lançamento do livro Lawfare em Debate
Lawfare, universidade pública, direitos humanos e coação da atividade do professor universitário. Estes foram os principais assuntos debatidos nesta segunda-feira (18/05), na live de abertura da programação de lançamento do livro Lawfare em Debate. O Lawfare é uma palavra inglesa que representa o uso indevido dos recursos jurídicos para fins de perseguições políticas. “Quando isso ocorre contra qualquer universidade, os prejuízos para a comunidade acadêmica são enormes”, afirmou o presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), Flávio Alves da Silva, que mediou o debate.
Participaram das discussões o reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), professor Edward Madureira; a presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), Raquel Nery; e o presidente da Proifes-Federação, Nilton Brandão, que destacou que um processo histórico tem acuado a universidade pública no Brasil. “Não tenho nada contra defensores da União. O problema é quando eles passaram a interpretar a comunidade acadêmica como inimiga. A partir daí, a universidade passou a sofrer uma série de ataques e os reitores quase perderam sua autonomia”, disse.
Durante o debate, foram discutidos os ataques constantes às universidades por parte do Governo Federal. Foi destacado que, na maioria das vezes, são acompanhados por fake news. “O ministro da Educação chegou a dizer que existiam plantações de maconha nas universidades. Mas a comunidade acadêmica respondeu à altura e mostrou sua importância na sociedade com suas realizações, como pesquisas e soluções para os mais diversos problemas, inclusive com ações de combate à pandemia do novo coronavírus”, ressaltou o reitor da UFG.
A presidente da Apub, Raquel Nery, também falou sobre a disseminação de notícias falsas. “A máquina de fake news é milionária, criminosa e funciona mundo bem. É algo que precisa ser barrado de alguma maneira”, ressaltou. Ela enfatizou, ainda, sua preocupação com o aprofundamento da exclusão social por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Como defensores da educação, temos condições de dar uma resposta qualificada. Temos que fazer uma cobrança porque as universidades cumpriram um papel muito interessante com suas expansões e interiorizações. Muitas pessoas foram incluídas e, agora, penso que elas podem enfrentar a situação de exclusão”, ressaltou.